CAMPINAS

Grupo faz arrastão à noite e assusta frequentador da Lagoa

Ataques foram feitos por sete homens perto do portão principal depois das 21h; a Secretaria de Segurança de Campinas informou que fará o mapeamento do local para reforçar o policiamento

Alenita Ramirez
22/07/2015 às 20:32.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:18
Comerciantes e frequentadores da Lagoa do Taquaral reclamam da falta de segurança e da iluminação fraca (Elcio Alves/ AAN)

Comerciantes e frequentadores da Lagoa do Taquaral reclamam da falta de segurança e da iluminação fraca (Elcio Alves/ AAN)

Três pessoas foram assaltadas dentro da Lagoa do Taquaral, em Campinas, na noite de terça-feira (21), enquanto faziam caminhadas. Segundo uma das vítimas, pelo menos sete bandidos fizeram um arrastão entre 21h e 21h30. Os criminosos levaram carteiras, dinheiro e celulares das vítimas. Duas delas foram agredidas. Um auxiliar administrativo de 31 anos apanhou porque estava só com R$ 7,00 em dinheiro. Uma das vítimas contou que quando saía do parque encontrou com a Guarda Municipal (GM) que fazia a ronda de bicicleta do lado de fora do parque e a avisou. Ninguém foi preso até a tarde desta quarta-feira. Comerciantes e frequentadores reclamam que falta segurança e à noite há pouca iluminação em algumas áreas do parque. O primeiro roubo ocorreu contra o auxiliar administrativo, cerca de 100 metros do portão 1. Segundo um irmão, a vítima tem o hábito de caminhar neste horário, sozinha, e foi atacada pouco tempo depois de entrar no parque. Ele foi rendido pelos sete criminosos, sendo que dois estavam de bicicleta. “Os bandidos o cercaram e o mandaram entregar tudo o que tinha. Quando viram que ele estava só com R$ 7,00 ficaram indignados e o espancaram”, contou o irmão que não quis ser identificado. A vítima levou chutes e socos e sofreu lesões na mão esquerda, na perna direita e no joelho esquerdo. Durante o espancamento, os criminosos o ameaçaram para não avisar a polícia. “Eles disseram que iam roubar mais gente no parque”, contou. Os criminosos fugiram com um cartão de bilhete único, o dinheiro e o celular. Vinte minutos depois, dois rapazes armados com paus cercaram dois amigos que caminhavam a cerca de 500 metros do portão 1 e roubaram celulares e R$ 50,00 das vítimas. Os amigos, como viram que tinha só dois bandidos, reagiram e entraram em luta corporal. Uma das vítimas, um estudante de 23 anos, foi agredido a pauladas. “Vacilei, pois achei que podia enfrentá-los”, disse o estudante. O comércio que fica no entorno do portão funciona até as 20h. Apenas duas das seis bancas ficam até as 21h. Os portões do parque fecham às 22h. Os comerciantes informaram que a GM faz rondas constantes no entorno do parque, mas que a última ronda interna ocorre às 20h. “Talvez os ladrões soubessem desta última ronda e ficaram esperando dar 21h. Andar dentro do parque depois das 20h30 é arriscado”, disse a comerciante Vanessa Girotto, de 34 anos. “Até para os comerciantes é arriscado após as 20h, pois não temos ação da polícia para acompanhar o fechamento dos estabelecimentos”, acrescentou. A cerca de 10 metros do portão, no interior do parque, existe uma guarita onde fica um vigilante, mas, segundo os comerciantes, ele não sai do local. Os comerciantes admitem que caminhar à noite no interior do parque é arriscado devido à baixa luminosidade. Segundo eles, há cerca de um mês a GM deteve um rapaz com uma arma perto do portão principal. O caso ocorreu à noite e em um dia de chuva. O suspeito estava com uma mochila e em atitude suspeita. “Falta segurança no parque. Há um mês, um senhorzinho que faz caminhadas todos os dias por aqui foi atacado por um bandido em plena luz do dia. Ele levou vários golpes superficiais pelo corpo e o bandido fugiu com o relógio dele”, contou o empresário Carlos Moya de Oliveira, que caminha com o filho há dois anos. Apesar do medo, há frequentador que não abre mão de caminhar no parque. Caso da aromista Paula Furlanetto, de 31 anos. “Faço caminhadas pela manhã, dentro do parque, mas algumas vezes venho no final do dia, mas aí faço do lado de fora, por conta da movimentação”, disse. “Não faço caminhadas, mas venho passear sempre. Tenho medo, mas sempre venho em grupo para não correr nenhum risco”, afirmou a biomédica Isis Oliveira, de 27 anos. A Secretaria de Segurança de Campinas informou que fará o mapeamento do local para reforçar o policiamento.

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