EXPECTATIVA

Grupo de Campinas já prepara bagagem para Copa

Mais de 70 torcedores reunidos por uma agência de turismo não veem a hora do embarque

Alison Ramalho Negrinho
29/04/2018 às 08:49.
Atualizado em 28/04/2022 às 07:12
Parte da turma de Campinas que acompanhará ao menos algumas partidas da Copa do Mundo na Rússia, em junho: tipo de roupas a serem levadas na mala, dinheiro para usar nas cidades e idioma estão entre as preocupações (Leandro Ferreira/AAN)

Parte da turma de Campinas que acompanhará ao menos algumas partidas da Copa do Mundo na Rússia, em junho: tipo de roupas a serem levadas na mala, dinheiro para usar nas cidades e idioma estão entre as preocupações (Leandro Ferreira/AAN)

Assistir aos jogos da Copa do Mundo é sem dúvida uma experiência marcante para quem gosta de futebol. Conhecer outras culturas e torcer por seu país são apenas algumas das atividades vivenciadas e que tornam o evento esportivo tão especial. Em Campinas, um grupo de mais de 70 pessoas aguarda ansiosamente para a próxima edição do Mundial, com início em junho, na Rússia. Nem mesmo os cerca de 10 mil quilômetros de distância e a temida temperatura baixa foram capazes de desanimar essa turma que, enquanto não viaja, aproveita para se reunir e discutir detalhes da ida. Que tipo de roupa levar, como será o transporte por lá, quanto de dinheiro convertido carregar e como se comunicar em um idioma diferente estão entre as principais preocupações. Para ajeitar todos os detalhes, foi criado um grupo de comunicação no WhatsApp, além de estarem sendo marcados encontros pessoais. O primeiro deles aconteceu no último dia 19, na agência de turismo Twisy Travel, responsável pela logística dessa turma. Engenheiro eletricista, Rodrigo Colli está entre os campineiros que adora a época da Copa. Depois de assistir aos jogos no Brasil em 2014, resolveu partir para a Rússia, de onde pretende trazer ótimas lembranças. “Quero viver o clima de integração entre os países. Estou até estudando um pouco da história de lá, porque a gente acaba se aprofundando, né? Eles têm uma cultura muito grande e rica. Na questão de dinheiro, pretendo levar 10% em rublos (moeda russa), 70% em dólar para trocar lá em casas de câmbio e 20% no cartão de crédito”, contou. Colli explicou que há muito tempo já tinha a intenção de ir para o Mundial, mas que a ideia de se juntar a um grupo surgiu em uma conversa de bar. No Exterior, ele torcerá pelo Brasil na segunda partida contra a Costa Rica, dia 22 de junho (sexta-feira) e no embate seguinte, dia 27 (quarta), contra a Sérvia. Otimista, o engenheiro também garantiu ingresso para o jogo do primeiro colocado do grupo brasileiro nas oitavas de final, crente de que será a seleção verde e amarela. “Depois desses três confrontos eu volto para a casa, mas tem um pessoal que vai assistir aos duelos das oitavas de final para frente, então está bem espalhado”, disse. Entre tíquetes para os jogos, passagens aéreas, voos internos e hospedagem em hotéis, o torcedor desembolsará cerca de R$ 11,5 mil. Apesar de se tratar de uma quantia considerável, Colli acredita que o gasto vale a pena. “Tem gente que vai pagar ainda mais que isso. O valor é fruto da organização da agência, que programou com antecedência. Uma coisa interessante é que quem está indo não fala em ser caro ou não. A grande preocupação é por conseguir ingressos mesmo”, completou Colli, que viaja no dia 17 de junho e retorna em 4 de julho. Ele passará pelas cidades de Moscou, São Petersburgo e Samara. Agência especializada Dono da Twisy Travel, Guilherme Goes explica que o planejamento para uma Copa do Mundo não acontece do dia para a noite. De acordo com ele, os preparativos levam três anos. “Nossa experiência ajuda, faz ficar mais fácil organizar tudo que precisa e isso passa credibilidade para quem nos procura. Vamos em mais de 100 pessoas, sendo que nem todos são campineiros. Tem gente do Brasil todo.” Goes acredita que a procura aumentou muito após a edição de 2014. Apesar da traumática eliminação da Seleção Brasileira nas semifinais, quando a equipe perdeu por 7 a 1 para a Alemanha, a população se mostrou empolgada para viajar até a Russia. Antes do Mundial no Brasil, a Twisy já havia organizado viagens para os torneios disputados na Alemanha (2006) e África do Sul (2010). “Para nós é um grande prazer. Um dia fomos turistas e o turismo virou negócio graças à Copa do Mundo. Hoje somos referência no assunto e gostamos muito do que fazemos. São mais de 14 anos planejando viagens para a Copa”, finalizou o empreendedor.

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