Pais e funcionários de unidade escolar no Jardim Nova Europa cobram ações disciplinares
Movimentação em frente à escola estadual Castelo Branco: reclamações de pais e funcionários (César Rodrigues/AAN)
Pais e funcionários da Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, no Jardim Nova Europa, em Campinas, iniciaram uma ofensiva para cobrar mudanças na unidade, que estaria sendo alvo de pichações e depredação de estudantes, com enfrentamento de professores.
Eles dizem que problemas disciplinares entre alunos começaram a ser percebidos desde o ano passado, quando houve mudança de diretoria e que durante pelo menos 6 anos o colégio apresentou baixos índices de brigas no meio estudantil e atos de vandalismo.
Os funcionários que conversaram com o Correio não quiseram se identificar. Segundo eles, a mudança ocorreu após a atual diretoria mudar o planejamento pedagógico e o estatuto da escola. Eles afirmaram que as punições disciplinares são raras. “Um aluno só foi suspenso, por exemplo, depois de cortar o rosto de outro estudante. Ele teve que passar até por cirurgia”, disse um deles.
Outro empregado da escola disse que estudantes mais velhos passaram a levar drogas e bebidas para o pátio. “Eles não vendem, levam para usar mesmo. Os alunos não têm mais freio.”
A antiga diretoria tinha a disciplina como principal pilar da administração da escola, de acordo com os funcionários. Um deles afirmou que a escola é muito procurada por pais, por causa do bom desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “As regras adotadas pelo antigo estatuto são responsáveis pelo sucesso da escola. Ela era referência em Campinas. Agora virou um ambiente de degradação.”
A aposentada Lia de Jesus Monteiro, de 62 anos, é avó e responsável legal por uma das alunas. Ela afirmou que teme que a menina seja vítima da violência do local. “Todos os dias minha neta me conta de uma briga. Isso não existia antes.”
A diretora Dolores Nunes Figueiredo nega que os atos indisciplinares tenham aumentado e disse que, desde 2012, os alunos estão mais tranquilos. “As reclamações são de um grupo específico de funcionários. Toda mudança causa estranheza. Mas temos feito um bom trabalho.”
A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que a Secretaria Municipal de Educação teve conhecimento de algumas queixas sobre procedimentos adotados na escola e que está apurando os fatos.