CAMPANHA

Gripe: vacinação registra boa procura

Primeiro balanço das imunizações contra a doença na cidade deve ser divulgado na quinta-feira

Renato Piovesan
24/04/2018 às 07:33.
Atualizado em 28/04/2022 às 06:35
Bem-humorada, Olívia Macedo Guaraldo, de 89 anos, é vacinada no CS da Vila Ipê: "Posso morrer de muita coisa, mas de gripe não quero" (Leandro Torres/AAN)

Bem-humorada, Olívia Macedo Guaraldo, de 89 anos, é vacinada no CS da Vila Ipê: "Posso morrer de muita coisa, mas de gripe não quero" (Leandro Torres/AAN)

O primeiro dia da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe teve bom movimento nos 64 Centros de Saúde (CS) de Campinas logo nas primeiras horas da manhã de ontem. O CS do Centro de Convivência foi o que recebeu maior procura, com mais de 900 doses aplicadas ao longo do dia. Na região Leste da cidade, o CS Costa e Silva também teve movimentação acima do normal, com registro de filas nos períodos da manhã e da tarde e cerca de 450 moradores imunizados. A Secretaria de Saúde só divulgará o primeiro balanço das vacinações em Campinas na quinta-feira. “A procura foi muito boa. Esperamos uma boa adesão na campanha deste ano, principalmente pelo trabalho de sensibilizar as pessoas a procurarem os centros de saúde mais próximos para tomar a vacina, que é a medida mais eficaz na prevenção da gripe”, destaca Gabriela Marchesi, coordenadora do Programa de Imunização de Campinas. Devem se vacinar pessoas a partir de 60 anos, crianças entre 6 meses e menores de 5 anos, trabalhadores da saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após parto), pessoas privadas de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem ser vacinados. No CS da Vila Ipê, idosos foram os que mais apareceram em busca da vacina no primeiro dia da campanha. “Todo ano tomo a vacina. Sou cardíaco e como já teve casos de morte por causa da gripe, temos que tomar cuidado”, diz o aposentado Osmar Ferreira da Silva, de 72 anos. “Posso morrer de muita coisa, mas de gripe não quero”, brinca a aposentada Olívia Macedo Guaraldo, de 89 anos. Para tomar a vacina, o paciente deve levar carteira de vacinação ou documento de identidade. Os doentes crônicos devem apresentar receita ou prescrição médica. A expectativa é que neste ano 90% das 259.560 pessoas consideradas público-alvo sejam imunizadas em Campinas. Em 2017, foram vacinadas 213.564 pessoas dos grupos prioritários. A vacina protege contra as gripes A (H1N1 e H3N2) e B. A composição muda todo ano, de acordo com as cepas do vírus da gripe que estão em circulação no período. Por isso, as pessoas precisam se vacinar anualmente para evitar complicações causadas pela gripe e doenças graves, como pneumonia. Neste ano, Campinas confirmou 4 casos de gripe, sendo 1 por H1N1, dois por H3N2 e 1 por influenza B. Entre estes quatro casos, foi confirmada uma morte por H3N2, de uma mulher de 45 anos que tinha doença crônica (comorbidade). Ela teve os primeiros sintomas da gripe em março e o caso foi confirmado semana passada. A gripe, ou influenza, é uma infecção causada por vírus que afeta o sistema respiratório, mais precisamente o nariz, garganta e brônquios. O contágio ocorre de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar ou de forma indireta, por meio das mãos que, após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias, pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz.  

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