DIREÇÃO TRAVADA

Greve deixa 400 alunos sem exame para CNH

Paralisação continua nesta quarta-feira, quando ocorre nova reunião de conciliação no TRT

Patrícia Azevedo
08/05/2013 às 20:22.
Atualizado em 25/04/2022 às 17:04
Proprietária de auto-escola, Vilma Teresa Longuini, diz que os seus funcionários não estão em greve, mas não colocou nenhum carro para circular com medo de represálias (Edu Fortes/AAN )

Proprietária de auto-escola, Vilma Teresa Longuini, diz que os seus funcionários não estão em greve, mas não colocou nenhum carro para circular com medo de represálias (Edu Fortes/AAN )

Cerca de 400 pessoas foram impedidas de realizar o exame prático para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O motivo é a greve dos funcionários de autoescolas da cidade.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Autoescolas de Campinas, cerca de 400 funcionários aderiram à paralisação, que suspendeu também as aulas práticas de direção.

A advogada do Sindicato dos Trabalhadores Hilda Boaventura explica que a greve começou há duas semanas em Sorocaba.

“Sorocaba está 100% parada e ontem (terça-feria) foi acertado que a paralisação por tempo indeterminado começaria a partir de hoje (quarta-feira) em Campinas”, afirma.

Segundo Hilda, uma reunião de conciliação está marcada para as 14h desta quinta-feira (9) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

A categoria reivindica 19% de aumento salarial, aumento do tíquete alimentação para R$ 20,00, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), convênio médico gratuito e prêmio por tempo de serviço.

A advogada dos grevistas disse que uma reunião foi feita na segunda-feira (6), mas o sindicato patronal não apresentou uma contraproposta. Em Campinas existem cerca de 40 autoescolas.

Nesta quinta-feira (9) os exames estarão novamente suspensos. O presidente do Sindicato das Autoescolas do Estado, José Guedes, diz que está negociando há duas semanas.

“Logo que começou a greve em Sorocoba, entramos no TRT com o dissídio de greve, alegando a ilegalidade. O TRT marcou audiência para semana passada e não chegamos a um acordo também. É absurdo deflagrar greve já que as negociações estão em juízo.”

Guedes afirma que o prejuízo para a população é muito grande. “Não houve aulas porque orientamos os proprietários a não colocar os carros nas ruas para evitar vandalismo e mais prejuízos”, afirma.

A empresária Vilma Teresa Longuini, da Universo Autoescola, diz que os seus funcionários não estão em greve, mas não colocou nenhum carro para circular com medo de represálias.

No ano passado, grevistas retaliaram os instrutores que ‘furaram’ a greve. “Furaram os pneus do meu carro com uma grávida dentro, foi uma confusão”, conta. 

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