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Greve de servidor municipal começa sem muita força

A decisão veio semana passada, onde os funcionários decidiram reivindicar um reajuste de 10,34% nos salários e vales alimentação e nutricional no valor de R$ 1.076,20

Alison Negrinho/AAN
cidades@rac.com.br
28/08/2017 às 21:07.
Atualizado em 22/04/2022 às 18:31

A decisão veio semana passada, onde os funcionários decidiram reivindicar um reajuste de 10,34% nos salários e vales alimentação e nutricional no valor de R$ 1.076,20 (Carlos César Rodrigues/AAN)

A greve dos servidores públicos municipais de Campinas começou segunda-feira cedo com baixa adesão. Segundo nota divulgada pela Prefeitura de Campinas, apenas 2% dos trabalhadores não compareceram aos seus locais de trabalho, e terão o dia descontado na folha de pagamento. O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Municipal de Campinas (STMC) não divulgou um balanço da greve. A decisão pela greve veio após assembleia realizada na semana passada, onde os funcionários reivindicaram um reajuste de 10,34% nos salários e vales alimentação e nutricional no valor de R$ 1.076,20. A movimentação dos sindicalistas começou as 6h, em frente ao Paço Municipal e as 15h foi realizada uma assembleia geral em frente à Prefeitura. Faixas chamavam os servidores a aderirem à paralisação. Segundo o sindicato, pela manhã o comando da greve percorreu os principais pontos de serviços públicos, visando mobilizar os funcionários. A diretora de Comunicação do Sindicato, Rosana Medina, destacou que não há perspectiva de negociação com o governo do prefeito Jonas Donizette (PSB). “Foi o primeiro dia de greve, um grupo se concentrou no Paço Municipal, mas nós continuamos sem nenhuma proposta do governo. Não existe uma previsão de proposta. O governo não marcou uma nova mesa de negociação. Nós queremos negociar, quem está se mostrando irredutível é o governo”, explicou. Os servidores entraram em campanha salarial há cerca de dois meses. O estopim para a greve, contudo, veio somente no último dia 23, por falta de proposta por parte do Executivo ao longo de 62 dias. Neste período, o governo afirmou que os cofres públicos estavam vazios e que era necessário esperar até 15 de setembro para apresentar um índice à categoria. Ainda segundo a Prefeitura, era necessário esperar pelos pagamentos do Programa de Regularização Fiscal (Refis) e dois dividendos da Sanasa, totalizando R$ 44 milhões. De acordo com um dos manifestantes que não quis se identificar, o reajuste é necessário para uma melhor qualidade de vida. “Se a gente está aqui, é porque precisamos desse aumento. Sem o dinheiro, a gente mal consegue colocar alimentação dentro das nossas casas, para nossas famílias”. Na última sexta-feira, a juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, Fernanda Silva Gonçalves, concedeu uma liminar que obriga o sindicato dos servidores municipais a manter, desde ontem, pelo menos 70% dos serviços essenciais em funcionamento, como educação e saúde. São 17 mil servidores ativos. Para o prefeito Jonas Donizette (PSB), a greve não contou com grande adesão e isso ocorreu por compreensão dos servidores públicos.  “O vale-alimentação hoje é de R$ 860,00, você conta nos dedos uma empresa que dá o vale num valor desses. Hoje, a minha palavra é de gratidão, porque nós ainda não tivemos o balanço completo, mas as informações que eu tenho é de uma baixa adesão”. O STMC ficou de passar um balanço sobre o 1º dia de greve até o fim da tarde de segunda-feira, mas até o fechamento desta edição não divulgou sua estimativa de paralisação.

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