MOBILIZAÇÃO

Greve de GMs e amarelinhos continua

Já os agentes comunitários de saúde resolveram suspender a greve e retornam ao trabalho

Fabiana Marchezi
08/08/2013 às 07:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 06:12
Guardas municipais e agentes comunitários de saúde engrossaram nesta quarta-feira (7) a onda de paralisações em Campinas ( Rodrigo Zanotto/Especial para AAN)

Guardas municipais e agentes comunitários de saúde engrossaram nesta quarta-feira (7) a onda de paralisações em Campinas ( Rodrigo Zanotto/Especial para AAN)

Guardas municipais e agentes comunitários de saúde engrossaram nesta quarta-feira (7) a onda de paralisações em Campinas. Um grupo de cerca de 300 grevistas realizou uma manifestação diante do Paço Municipal ao longo do dia e se juntou aos agentes da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), que está em greve desde a última segunda-feira (5) por melhores salários. Por volta das 17h, representantes dos servidores foram chamados pela Administração para tentar uma negociação. Após a reunião, a GM decidiu manter a paralisação nesta quinta-feira (8). Já os agentes comunitários de saúde resolveram suspender a greve e retornam ao trabalho. Não houve nenhum tipo de tumulto durante o protesto.Segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Campinas, mais de 70% dos 704 guardas que atuam na cidade aderiram ao movimento. Já a Prefeitura informou que apenas 5% cruzou os braços. De acordo com o diretor do sindicato Lourivan Valeriano, que representa a GM, o movimento reivindicatório não é por salário. A categoria reivindica a correção do adicional de risco de vida. “Hoje, temos 25% sobre o salário. Queremos 30% de forma linear, com base no salário de inspetor. Hoje, esse adicional varia de R$ 489,00 a R$ 883,00, dependendo do salário. Queremos R$ 1.060,00 para todos”, disse.Já Rogério Rigotto Giovani, representante dos agentes comunitários de saúde, explicou que a paralisação foi motivada por vários fatores. “Queremos receber o Índice de Custo de Vida (ICV), que é a bonificação dos agentes da saúde da família. Queremos adicional de insalubridade, equiparação salarial com os agentes de controle ambiental. Além disso, ganhamos abaixo do salário mínimo da Prefeitura, queremos aumento de R$ 1.075,00 para R$ 1.375,00”, explicou.Os agentes da Emdec também decidiram manter a greve. Nesta quinta-feira (8), a partir das 7h eles se concentram na Avenida Sales de Oliveira e seguem em passeata rumo ao Paço Municipal para tentar uma nova negociação. Segundo Reno Ale, presidente do Sindviários, cerca de 65% dos trabalhadores da Emdec — entre agentes de mobilidade, agentes de sinalização viária, técnicos em semafórica, analistas de sistema viário, analistas de projeto de mobilidade, agentes de planejamento viário e área administrativa — aderiram ao movimento grevista. “Estamos pedindo 16% de reajuste salarial. A Prefeitura não sinalizou nada, pediu contraproposta. Concordamos com 7,16% retroativo a maio e 4% em janeiro, mas a reunião ocorreu na segunda e até agora não temos resposta. A greve está mantida até que haja ao menos uma negociação”, explicou.

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