Estado suspende benefício, porém Prefeitura garante custeio aos vulneráveis
Administração informa que mensalmente são distribuídas cerca de 30 mil refeições para esse público (Matheus Pereira/AAN)
O fim da gratuidade das refeições oferecidas pelo Bom Prato aos moradores de rua e todo o Estado não altera a situação em Campinas, já que aqui as refeições sempre foram custeadas pela Prefeitura. A gratuidade para esse público- mais vulnerável - foi implementada em maio pelo governo do estado, por conta da pandemia do novo coronavírus. Para ter direito, cada município precisava firmar convênio com o Estado. O benefício foi prorrogado algumas vezes, até ser encerrado no último dia 30 de setembro. Contudo, a medida não vai afetar em nada a alimentação dos moradores de rua de Campinas, já que a Prefeitura sempre custeou a refeição dessas pessoas no Bom Prato. A Prefeitura informou que oferta alimentação, gratuitamente, às pessoas em situação de rua em seus diferentes serviços e que desde o início da pandemia do novo coronavírus essa oferta foi intensificada. "Atualmente, Campinas conta com duas unidades que fazem essa distribuição no período noturno. A Casa da Cidadania, na Vila Industrial e o Refeitório da Cidadania, implantado nos últimos meses, no centro da cidade. Além disso, os Centros de Referência para População em Situação de Rua (Centro Pop 1 e 2) entregam aos usuários vales-refeição para almoço no Bom Prato. Essa gratuidade sempre foi custeada pelo município", destacou. De acordo com a Administração, mensalmente são distribuídas cerca de 30 mil refeições para esse público. São distribuídas 600 refeições diárias para almoço e jantar, incluindo o vale do restaurante Bom Prato e marmitex na Casa da Cidadania e no Refeitório da Cidadania, que somadas ao Albergue Municipal (Samim) e abrigos emergênciais totalizam a distribuição de 1 mil refeições diárias. Com a finalização da medida pelo estado, o Bom Prato voltou a cobrar R$ 1 pelo almoço e 0,50 pelo café da manhã, para essas pessoas, como sempre. Contudo, no começo do mês, o Ministério Público (MP) e as Defensorias Públicas do Estado e da União ajuizaram ação na qual pedem que o estado retome a gratuidade para os moradores de rua. A Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo disse que a gratuidade foi oferecida em caráter emergencial e temporário para garantir a segurança alimentar das pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social durante a fase mais grave da pandemia do coronavírus. "Com a flexibilização da quarentena e a retomada consciente da economia, preconizada no Plano São Paulo, a pasta social do Estado passou a monitorar as demandas de cada município e recalibrou a medida para evitar excedentes ou demanda reprimida em alguns restaurantes, dando uso eficiente aos recursos públicos. Os usuários estão sendo comunicados previamente em relação às readequações de funcionamento", informou.