O governador Tarcísio de Freitas em visita na sexta-feira a Piracicaba: as recorrentes enchentes em Monte Mor e Capivari levam à percepção de que é preciso intervir imediatamente (Christiano Dihel Neto/ Gazeta de Piracicaba)
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse na sexta-feira (13) em Piracicaba que o Estado de São Paulo vai iniciar, imediatamente, a elaboração de projetos para combater as enchentes que castigam há décadas os moradores de Monte Mor e Capivari, na região de Campinas. A declaração foi feita durante a visita que ele fez à cidade para a entrega de 48 veículos e 89 equipamentos para os órgãos de Defesa Civil dos municípios daquela região. Na ocasião, foi assinado convênio entre a Defesa Civil do Estado com a Desenvolve SP para a liberação de linha de crédito a prefeituras paulistas, para a aquisição de equipamentos e realização de obras de prevenção e recuperação de danos causados pelas chuvas.
De acordo com o governador, as recorrentes enchentes em Monte Mor e Capivari levam à percepção clara de que o Estado precisa atuar na infraestrutura de imediato. "A primeira medida necessária é a do desassoreamento do Rio Capivari. Segundo, é preciso realizar obras de macrodrenagem. Terceiro, fazer a realocação das pessoas que estão em áreas suscetíveis a enchentes. Essas são medidas fundamentais para que esses episódios não se repitam todo ano. Vamos trabalhar de imediato nos projetos e, tão logo eles estejam prontos, vamos iniciar as intervenções", prometeu Tarcísio.
Sobre os veículos entregues aos órgãos de Defesa Civil, o governador disse que conta com uma equipe dedicada, que tem como princípio a pronta resposta às demandas dos municípios. "Estamos distribuindo 48 viaturas e 89 equipamentos, entre eles os de combate a incêndio e motosserras, estes últimos muito importantes neste período de chuva", destacou Tarcísio.
O investimento foi da ordem de R$ 2, 6 milhões. O chefe do Executivo estadual também mencionou a Região Metropolitana de Piracicaba. "Regulamentar a questão da região metropolitana é fundamental para que a gente possa ter efetividade na prestação de serviço público e partilha racional do custeio", afirmou.
Quando se menciona a região metropolitana, continuou o governador, é muito comum acontecer de um município sede, por exemplo, abrigar a organização de saúde, atender pessoas oriundas de diversos municípios, mas não ter um rateio das despesas. "Não adianta nada se criar uma região metropolitana e essa iniciativa ser meramente política, ficar no papel. Entendo que o Estado perdeu a capacidade de planejamento. Então, estamos querendo resgatar essa competência. É importante planejar o transporte metropolitano em conjunto, criar os bilhetes únicos, corredores, e isso tem que ser feito em parceria", destacou.
A mesma lógica, conforme Tarcísio, precisa ser aplicada em relação à execução de obras de saneamento. "Esse planejado também precisa ser feito em conjunto. Então, a partir do momento em que se tem uma região metropolitana, uma série de ações, nas áreas de transporte, saneamento, habitação têm de ser pensada em conjunto. A regulamentação faz todo sentido, porque traz uma racionalidade à administração e aplicação de recursos", observou.
