Na próxima semana, uma equipe de profissionais, composta por arquitetos e engenheiros, virá a cidade para avaliar o local
Prefeitura irá contratar 800 pessoas em situação de vulnerabilidade (Cedoc/RAC)
A Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), que administra o Programa Poupatempo, concordou em instalar uma unidade no térreo do Paço Municipal, na região central, em Campinas, caso o espaço de 400 metros quadrados atenda os critérios técnicos necessários. Na próxima semana, uma equipe de profissionais da companhia, composta por arquitetos e engenheiros, virá a cidade para avaliar o local. Na manhã desta quarta-feira (17), a comissão de representação instalada pela Câmara no domingo retrasado (07), para tentar manter aberta a unidade fechada recentemente, depois de funcionar por 22 anos na Avenida Francisco Glicério, esteve reunida com a diretoria da Prodesp em sua sede, em Taboão da Serra. O grupo é presidido pelo vereador Luiz Henrique Cirilo (PSDB) e composto também pelos parlamentares André Von Zuben (CIDAD), Filipe Marchesi (PSB), Gustavo Petta (PCdoB), Jorge da Farmácia (PSDB) e pastor Elias Azevedo (PSB). A comitiva foi acompanhada ainda pelo secretário de Governo, Michel Abrão Ferreira, que representou o prefeito Jonas Donizette (PSB), em demonstração do seu apoio. Na segunda-feira passada, o chefe do Executivo recebeu os vereadores em seu gabinete e se comprometeu a ceder o local na Prefeitura. Na oportunidade, Cirilo disse que o prefeito foi receptivo a demanda por entender a importância de manter o atendimento na área central. O vereador comentou ainda que a solução elimina o gasto do Estado com aluguel. O imóvel na Glicério custava em torno de R$ 120 mil por mês. O motivo do fechamento, de acordo com a Prodesp, foi o fim do contrato com a terceirizada Esperança, que era responsável pelo atendimento. O prédio central já foi devolvido ao proprietário e os 150 funcionários dispensados. No momento, as unidades do Poutatempo estão fechadas para enfrentamento da pandemia da Covid-19, conforme informa o site do programa. “A medida evita aglomerações”, frisa o aviso. Quando reaberto, caso a situação não mude, os atendimentos presenciais ocorrerão somente na unidade do Campinas Shopping, situado no Jardim do Lago, de mais difícil acesso. Promessa não cumprida Em meados de 2019, o governo estadual divulgou que havia selecionado cinco municípios, entre eles Campinas, para testar um projeto que promoveria a modernização das instalações e do atendimento. A promessa, entretanto, não foi concretizada só na cidade. Em Aguaí, Jales, Lençóis Paulista e Salto, já opera o novo modelo. Nessas unidades, o serviço é prestado em um sistema integrado chamado de balcão único, que dá mais celeridade aos procedimentos e evita a ociosidade dos colaboradores. Em Campinas, o plano, condicionado obrigatoriamente à mudança do imóvel, era converter a unidade do Centro para esse novo conceito, que exige um espaço horizontal. Por isso, o prédio na Glicério foi avaliado como inadequado. Em março, o Executivo informou que, desde o segundo semestre do ano passado, analisava proposta do governo paulista para transferir a repartição para a região Noroeste, considerada a partir da área da Vila Teixeira, que abriga também o Hospital da PUC-Campinas e se estende pela Avenida John Boyd Dunlop. Contudo, houve o fechamento da unidade do Centro. Enfim, o novo conceito de atendimento e estrutura do Poupatempo deve chegar a Campinas. A Prodesp informou nesta quarta-feira (17), em nota, que, desde o início das tratativas com o município, no ano passado, busca, em parceria com a Prefeitura, independentemente da localização, um espaço com infraestrutura adequada para manter os atendimentos à população. “O objetivo sempre foi ampliar os serviços oferecidos pelo Poupatempo a todos os 645 municípios, inclusive em Campinas”, encerra a nota. Números de atendimentos são expressivos Segundo dados disponibilizados pelo Poupatempo, em seu site oficial, cerca de 2 mil atendimentos por dia foram realizados em dias de semana, na unidade do Centro, em Campinas, em março passado – último mês que aparece na relação estatística. Aos finais de semana, a média foi de 1.159 atendimentos. Na unidade do Campinas Shopping, os números são 1.572 e 1.167, respectivamente.