contingente policial

Governador promete reforço na Polícia Civil

O governador João Doria reagiu ontem, em Hortolândia, às reclamações dos delegados de Campinas, que denunciaram a falta de estrutura na Polícia Civil

Alenita Ramirez
31/05/2019 às 09:41.
Atualizado em 03/04/2022 às 02:00

O governador João Doria (PSDB) reagiu ontem, em Hortolândia, às reclamações dos delegados de Campinas, que no começo desta semana denunciaram a falta de estrutura na Polícia Civil. Em solenidade de entrega de uma ponte estaiada na cidade, o governador prometeu ampliar o número de delegados, escrivães e investigadores, sem informar em qual prazo. Prometeu também que até final deste ano vai encaminhar à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) um projeto para estabelecer um “novo tipo de remuneração” para as polícias — Militar e Civil. “Temos um compromisso arranjado e afirmado com o Macris (deputado Vanderlei), vamos propor um novo tipo de remuneração para os policiais militares e policiais civis, fazendo isso de maneira conscienciosa, planejada, sem rasgar a responsabilidade fiscal, sabendo onde estamos pisando, reconhecendo o valor dos policiais civis e policiais militares”, disse em entrevista coletiva. Na última terça-feira, todos os delegados de Campinas participaram de uma reunião convocada pelo presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública (Conseg), Marcos Alves Ferreira, na qual participaram a promotora pública Cristiane Hillal e o Secretário Municipal de Segurança Pública de Campinas, Luiz Augusto Baggio. No encontro foram apontados baixos salários, déficit de pessoal, equipamentos sucateados — inclusive coletes balísticos vencidos — e estrutura ruim dos prédios. Ferreira se comprometeu a levar a reivindicação ao governador em até 30 dias, com uma comissão formada por representantes de vários segmentos da sociedade civil. Na coletiva, Doria fez questão de destacar investimentos na área de Segurança Pública e citou que só nos cinco primeiros meses de seu mandato, o volume de prisões em flagrante no Estado foi um dos maiores na história. “Foram mais de 40 mil criminosos presos. Um número histórico, nunca houve um número como esse, fruto de uma política pública e deliberada para garantir a segurança nas cidades, campo, regiões metropolitanas e interior”, destacou. Segundo governador, o resultado é consequência de investimentos em maior efetividade, presença de policias nas ruas e ações dos programas de inteligência da polícia, além de ação preventiva. “Estamos aumentando o efetivo da Polícia Militar em 3,7 mil, que começam treinamento em junho; em 1,1 mil civis, em especial para a científica, que precisava, e também vamos ampliar concurso delegados e delegadas, escrivães e investigadores. Vamos apresentar ainda neste semestre um novo lote de convocação para formação de policiais militares”, falou. Segundo Doria, além de investir em contratações de policiais, o seu governo também está fazendo aquisições de novos equipamentos tais como veículos, drones, armas, tabletes e equipamentos de inteligência, para ajudar na redução da criminalidade. Durante a reunião do Conseg, em Campinas, na última terça-feira, o delegado da 2ª Delegacia Seccional, Aldo Galiano Júnior, destacou que os equipamentos de inteligência da Polícia Civil estão defasados há, pelo menos, cinco anos. Segundo a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindepesp), Raquel Kobashi Gallinati, os números de policiais civis anunciados pelo governo não são suficientes para suprir o déficit estadual que chega a 13.862 profissionais em todo o Estado.

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