EM BRASÍLIA

Golpistas da região participaram do ato antidemocrático

Publicações em redes sociais ofereciam até mesmo transporte gratuito

Da Redação
10/01/2023 às 09:01.
Atualizado em 10/01/2023 às 09:01

Bolsonaristas invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os atos de violência perpetrados por eleitores de Jair Bolsonaro (PL), que não aceitam a vitória de Lula (PT) e demandam uma ruptura institucional a partir de uma intervenção militar, contaram com a participação ativa de radicais de Campinas e região, participantes do acampamento em frente à Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx). O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, citou o perfil de um deles, Moyses Zaramella, na decisão em que determina a expedição de ofício para que empresas que administram redes sociais bloqueiem algumas contas, forneçam dados cadastrais à Suprema Corte e mantenham a integral preservação do conteúdo. Ao todo, Moraes pede o bloqueio de 17 contas de quatro redes sociais diferentes.

Outros radicais de extremadireita de Campinas e região abriram transmissões ao vivo anunciando, mostrando e/ou confessando os crimes que cometeram e viriam a cometer, o que evidencia que, ao contrário da narrativa adotada um dia depois da invasão antidemocrática, as ações partiram dos próprios golpistas e não de infiltrados.

A participação de Campinas começou a aparecer no radar nacionalmente ainda no domingo à tarde. Foi amplamente divulgada na internet a publicação de uma mensagem oferecendo ônibus gratuito para Brasília, algo que foi mencionado no decorrer do domingo por jornalistas que estavam ao vivo em rede nacional e autoridades. As postagens foram feitas em grupos golpistas. Um dos convites, ou convocações, dizia que o ônibus sairia da EsPCEx com "tudo pago". Os radicais de extrema-direita seriam agraciados com água, café, almoço e jantar. Embora a mensagem informasse que eles ficariam acampados, não houve pedido para que se levasse a própria barraca.

Outra convocação para golpistas de Campinas irem até Brasília também chamou a atenção. Ao contrário da primeira, esta não seria gratuita: custaria R$ 50,00 ida e volta. O ônibus estava previsto para sair do Largo do Rosário no dia 6 (sexta-feira). A informação repassada aos interessados era a de que não haveria uma data para retorno. Ainda há uma curiosidade nessa convocação, uma exigência para os participantes da comitiva: ser maior de 18 anos e menor de 50, evitando crianças e idosos nesse grupo específico, possivelmente por antever que os atos não seriam pacíficos e que haveria possibilidade de conflitos físicos.

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