mercosul

Gigante chinesa planeja ampliação

A chinesa BYD vai ampliar sua unidade em Campinas para iniciar o projeto de expansão da empresa no mercado brasileiro e no Mercosul

Maria Teresa Costa
21/05/2019 às 09:57.
Atualizado em 03/04/2022 às 20:29

A chinesa BYD vai ampliar sua unidade em Campinas para iniciar o projeto de expansão da empresa no mercado brasileiro e no Mercosul. Segundo o prefeito Jonas Donizette (PSB), a empresa especializada em energia limpa está buscando uma área de cerca de 500 mil metros quadrados na cidade para ampliar a planta local, onde já produz painéis solares e ônibus elétrico e vai iniciar, até o final de 2020, a fabricação de caminhões elétricos e ônibus articulados. De acordo com o prefeito, que visitou a sede da BYD em Shenzen, na China, na semana passada, a Prefeitura vai auxiliar na busca da área, de tamanho equivalente a 465 campos de futebol, para sua expansão. “Não é fácil encontrar uma área assim. Para ter uma ideia, a que veio para nós, no Ciatec, para permitir nosso credenciamento do Sistema de Parques Tecnológicos do Estado, tem 300 mil metros quadrados”, afirmou. A BYD informou que ainda não pode divulgar nenhum detalhe sobre esse projeto. A empresa já conseguiu da Companhia de Saneamento Ambiental do Estado (Cetesb) a licença ambiental de operação para produzir os caminhões elétricos. A fabricação local de caminhões elétricos visa atender contrato formalizado no ano passado para a entrega de 200 compactadores de lixo 100% elétricos à Corpus Saneamento e Obras Ltda, que atua na coleta, transporte e destinação de resíduos em seis cidades paulistas, entre elas Indaiatuba, e em Vitória (ES). O plano é substituir gradualmente parte de sua frota movida a diesel até 2023. Além dos caminhões, a BYD também passará a fabricar ônibus elétricos articulados, para atender à demanda crescente das cidades que estão implantando sistemas BRTs no transporte coletivo, como Campinas. O primeiro lote de 20 caminhões chegou da China, da fábrica de Changsham, em setembro, e a intenção da empresa é que parte dos caminhões contratados seja produzida em Campinas. O valor do contrato da Corpus não foi divulgado, mas os caminhões modelo eT8A custam R$ 1,5 milhão cada na versão elétrica e R$ 300 mil na versão movida a diesel, no mercado. Eles têm autonomia de cerca de 200 quilômetros ou oito horas. Pesam 21 toneladas quando cheios. O caminhão de lixo BYD eT8A é o mais silencioso do mercado e não emite nenhum tipo de poluente, desde a produção até o uso final, segundo a empresa, pois a bateria de fosfato de ferro lítio não contém metais pesados e o eletrólito é atóxico. A empresa já vem fornecendo ônibus elétricos para o transporte coletivo de Campinas. Circulam na cidade 13 ônibus elétricos e a meta, já anunciada pelo prefeito, é chegar a 150 até 2020. Uma parceria da Prefeitura, CPFL e BYD vem trabalhando no modelo de negócios que será utilizado na nova concessão do transporte coletivo, sem data ainda para ser licitada, e que dividirá a cidade em seis áreas. Em uma delas, que inclui a região central e os corredores do BRT, só será permitida a circulação de ônibus movidos a combustíveis não poluentes, como células de hidrogênio, elétricos ou híbridos. A empresa lidera o Consórcio Skayrail, que assinou contrato para implantar e operar o monotrilho do Subúrbio Ferroviário de Salvador, no modelo de parceria público-privada (PPP). O investimento do governo estadual no modal metropolitano será de R$ 1,5 bilhão. Será um metrô leve, que circula em um único trilho sobre estrutura elevada. O monotrilho virá da China e será montado no Brasil. A fábrica instalada em Campinas fornecerá os painéis solares para as estações e numa segunda etapa, cerca de 300 ônibus elétricos que substituirão a frota atual a diesel, para as linhas que integrarão o metrô, o monotrilho e as estações de ônibus.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por