Promotor afirmou que pessoas que fazem ameaças estão sendo identificadas e serão presas
Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investigam ameaças que foram feitas contra algumas testemunhas que identificaram policiais civis envolvidos com traficantes de Campinas e resultou até agora em 14 pessoas presas.
O promotor Amauri Silveira Filho afirmou que as pessoas que fazem as ameaças estão sendo identificadas e serão presas.
O Ministério Público (MP), após uma investigação de quase um ano, levou para a prisão nove policiais do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) suspeitos de cobrarem um mensalinho para permitir que os traficantes ligados à quadrilha de Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, pudessem operar livremente na cidade.
Quatro policiais, sendo dois delegados, já prestaram esclarecimentos aos promotores e pediram a revogação da prisão.
A Justiça, porém, deverá liberar apenas o chefe do setor de Inteligência do Denarc, o delegado Clemente Calvo Castilhone Júnior. Ele foi preso sob a suspeita de ter vazado informações da investigação, o que, segundo a Promotoria, acabou prejudicando parte da operação.
Dos 13 mandados de prisão contra policiais, nove foram cumpridos. Quatro integrantes do Denarc estão foragidos.
O delegado Fábio Alcântara, permanece preso na Penitenciária da Polícia Civil. Ele é suspeito de participar do esquema de extorsão, tortura e sequestro de traficantes e seus familiares na região do bairro São Fernando.
Os dois policiais do 10º DP de Campinas, Renato Peixeiro e Mark de Castro Pestana, também estão presos.