A expectativa é do desembargador, que almeja deixar como legado uma conexão robusta e duradoura entre a Justiça e o cidadão
Samuel Hugo Lima, presidente do TRT-15, concede entrevista ao Correio Popular (Alessandro Torres)
"Não se iluda com meu sorriso", brinca um juiz que, por trás da máscara do sorriso, esconde uma postura plena, neutra e colaborativa, aliada a muita seriedade. "Dizem que sou um juiz morno", complementa com orgulho, referindo-se ao equilíbrio de não ser nem quente, nem frio.
Samuel Hugo Lima, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), acredita que o juiz ideal precisa manter os pés no chão. Para ele, o magistrado não tem o direito de ser rude com as partes, mas deve estar presente na sociedade.
Essa opinião foi construída ao longo de quase 40 anos de carreira à frente de um dos maiores tribunais do país, responsável por 599 cidades do estado de São Paulo. Trata-se de uma estrutura monumental: somente no primeiro trimestre do ano, foram recebidos 69 mil processos, solucionados outros 58,3 mil e conciliados 21,5 mil. Números que crescem anualmente, impondo desafios ao Tribunal.
Samuel Hugo Lima está à frente do órgão desde 2020 e busca implementar uma identidade renovadora. Ele acredita que novos conflitos exigem novas respostas e se declara um "fanático" pela Justiça do Trabalho.
O TRT-15, que completará 40 anos em 2026, nunca esteve envolvido em escândalos e é reconhecido por sua eficiência na execução do orçamento. Foi considerado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) um tribunal 100%, levando em conta a força de trabalho e o número de processos. É o tribunal que possui a menor força de trabalho proporcional, o que exige certa criatividade. "As grandes inovações surgem daqui. Recentemente, começamos a implementar a reclamação pré-processual coletiva, que evita greves. O Tribunal toma conhecimento, convoca as partes e resolve a questão", afirma.
A convite do presidente-executivo do Correio Popular, Ítalo Hamilton Barioni, Lima concedeu uma entrevista, na qual detalhou sua atuação no judiciário, sua formação pessoal e profissional, além de suas convicções pessoais.
Para ler a entrevista completa assine o Correio Popular.