Região do Bosque

Furtos de hidrômetros intrigam investigadores

Entre a noite de domingo e madrugada da terça-feira foram nove furtos. Em todos os casos, o lacre foi rompido, a água desligada e o aparelho arrancado

Alenita Ramirez/AAN
21/02/2018 às 19:27.
Atualizado em 22/04/2022 às 14:09
Policiais suspeitam em ação de moradores de rua e dependentes químicos (Divulgação/Polícia Civil)

Policiais suspeitam em ação de moradores de rua e dependentes químicos (Divulgação/Polícia Civil)

Uma série de furtos de hidrômetros na região do Bosque, em Campinas, em um período de 24 horas, intrigou os investigadores do 10º Distrito Policial (DP), no Jardim Proença. Entre a noite de domingo e madrugada da terça-feira foram nove furtos. Em todos os casos, o lacre foi rompido, a água desligada e o aparelho arrancado, sem danificação da caixa. Os policiais suspeitam em ação de moradores de rua e dependentes químicos, que pegam os equipamentos para fazer dinheiro e comprar drogas. Entre terça-feira e quarta-feira, os investigadores realizaram buscas em pelo menos nove ferros-velhos da região, mas nada foi localizado. A Sanasa disse que ainda não foi notificada pelos moradores, nega a existência de furtos dos aparelhos na cidade e acredita que seja ato de vandalismo. Policiais do 11º DP, no Jardim Ipaussurama, também afirmam a existência de furtos constantes naquela região. De acordo com o chefe de investigações do 10º DP, Marcelo Hayashi, só na segunda-feira foram registrados seis boletins de ocorrência sobre furtos de hidrômetros. A retirada dos aparelhos teria acontecido entre a noite do domingo e madrugada daquele dia. Em todos os caos, o equipamento foi levado após rompimento do lacre, que fica na parte externa da caixa. Anteontem, outros três furtos foram comunicados. "Não foi uma ação aleatória, pois houve uma sequência que formou em um caminho, entre residências e comércios" , disse Hayashi. As ações foram nas ruas Uruguaiana, Proença e General Marcondes Salgado. Além de buscas em ferros-velhos, os policiais também percorreram as vias que foram alvos dos furtos em busca de sistemas de monitoramento. O chefe de investigação descarta a possibilidade de vandalismo, já que em todas as situações, foi tomado cuidado em desligar a água. "Ainda não há explicações, mas estranhamos a quantidade de furtos desse aparelho em um período de dois dias. Até hoje não tínhamos registrado esse tipo de furto" , falou. A fisioterapeuta Thaís Mesquita de Camargo Brunozi, de 32 anos, tem uma clínica na Rua General Marcondes Salgado e na manhã de anteontem viu que o hidrômetro do local tinha sido furtado. "Achei um absurdo. A caixa não foi arrombada. Só percebi porque ela estava aberta e quando cheguei perto vi que o relógio não estava lá. Quem tirou, tomou o cuidado de desligar a água e não quebrar a caixa. Não dá para entender. A gente nunca espera esse tipo de furto" , falou Thaís, descartando ato de vandalismo. Policiais do 11º DP também confirmam a existência de furtos de hidrômetros em residências e comércios, no entanto, eles frisam que os registros são costumeiros e são feitos de três a quatro por semana. Em nota, a Sanasa afirma que não tem um levantamento do número de hidrômetros que são furtados e garante que os casos são esporádicos, principalmente após a troca do material do aparelho. Segundo a autarquia, há dois anos o material usado no equipamento como cobre e o latão foi trocado por plástico. "Para que o aparelho seja reposto é necessário que o cidadão lesado faça um boletim de ocorrência e apresente-o em alguma agência de atendimento da Sanasa" . Ainda segundo a Sanasa, em casos e furto e vandalismo a empresa de saneamento arca com os custos da nova instalação. Em caso de danos pelo próprio morador, é cobrada uma taxa de R$ 80 pelo serviço e R$ 400 pelo aparelho. Apesar de a Sanasa negar furtos dos aparelhos, só na região central de Campinas, em janeiro foram registrados 15 furtos do aparelho.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por