2017

Furto de energia cresce 60% em Campinas

De acordo com a CPFL, o número de casos saltou de 8.740 para 14.008 ocorrências

Alenita Ramirez
alenita.jesus@rac.com.br
22/02/2018 às 16:31.
Atualizado em 22/04/2022 às 14:16

De acordo com o artigo 155 do Código Penal, o furto de energia elétrica é crime passível de um a quatro anos de prisão (Reprodução)

O número de fraudes e furtos de energia em Campinas, em 2017, cresceu 60,2% em comparação a 2016. O balanço foi divulgado na tarde de quarta-feira pela CPFL Paulista, responsável pela distribuição de luz em 234 municípios paulistas. De acordo com a concessionária, o número de casos saltou de 8.740 para 14.008 ocorrências. A constatação ocorreu depois que a empresa incrementou novas tecnologias aliada a um trabalho de inteligência, com monitoramento e inspeções constantes. "Trata-se de um software de inteligente artificial que monitora e capta o perfil dos clientes. Se durante o monitoramento é constatado que determinado cliente teve uma redução brusca e suspeita no consumo é feita uma inspeção no relógio" , disse o gerente de serviços comerciais da CPFL Paulista, Pedro De Aro. Ao aplicar essa tecnologia em seus processos, a companhia ampliou em 70,6% o número de inspeções na cidade. Em 2016, foram executadas 29,219 mil inspeções em clientes residenciais, comerciais e industriais do município. Em 2017, o número aumentou para 49,862 mil. "Constatamos que de cada quatro imóveis inspecionados, um apresentava fraude, ou seja uma assertividade de 25%" , falou De Aro. A inspeção foi realizada em todas as categorias, indo de residências a industriais. De acordo com o gerente de serviços, a fraude foi variada indo desde grampos a outros tipos de falsificação. "A criatividade das pessoas é muito grande. Houve casos que foi mudado a fiação na parte interna da alvenaria, na parte que compreende o ponto de entrada ao ponto do consumidor, na parte chamada 'bengala'. Só que a nova tecnologia consegue identificar essa fraude. Nossas equipes usam um aparelho que faz uma 'endoscopia' no relógio e nos canos e consegue detectar esse desvio" , explicou. Em 2017, a empresa conseguiu recuperar um total de 33,6 mil MWH de energia furtada, número que é suficiente para abastecer 18,6 mil famílias com quatro pessoas por um ano. Esta energia, segundo De Aro, é capaz de abastecer a cidade de Pedreira. "Desde 2017 o Brasil passa por uma pressão da crise econômica e a população busca alguma forma economizar. Aproveitando desta situação, há pessoas físicas á intencionadas que oferecem facilidade e muita gente acredita, mas vale ressaltar que isso é crime e tem punição" , destacou De Aro. De acordo com o artigo 155 do Código Penal, o furto de energia elétrica é crime passível de um a quatro anos de prisão. Após o flagrante, a empresa cobra do consumidor o valor retroativo ao furtado nos chamados "gatos de energia" . Esta prática ainda contribui para aumentar o valor da conta de energia de todos os consumidores, além de levar risco para quem faz a ligação, pois corre risco de morte ao levar um choque, lembra os técnicos da concessionária. "Todos os casos detectados são feitos notificações e há um período para o consumidor se defender. Também é encaminhado para as autoridades policiais onde é feito um inquérito. Vale ressaltar que existem canais de denúncia que a pessoa pode fazer sem ser identificada como o 0800 0101010 e e-mail denunciafraude@cpfl.com.br <mailto:denunciafraude@cpfl.com.br>" , orientou o gerente.

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