REITORIA OCUPADA

Funcionários fazem ato contra invasão de prédio da Unicamp

Trabalhadores não concordam com depredação da reitoria, ocupada por estudantes há 6 dias

Moara Semeghini
09/10/2013 às 11:53.
Atualizado em 25/04/2022 às 00:42
Grupo contrário ao protesto de estudantes faz ato em frente à reitoria  (Dominique Torquato/AAN)

Grupo contrário ao protesto de estudantes faz ato em frente à reitoria (Dominique Torquato/AAN)

De mãos dadas, em um abraço simbólico em volta do prédio da reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), parte do grupo de cerca de 400 funcionários da instituição encerrou o ato iniciado por volta de 12h desta quarta-feira (9), contra a ocupação do prédio que foi invadido há seis dias por estudantes.O grupo não concorda com a invasão e a depredação da reitoria da universidade e pede a desocupação do prédio. A concentração aconteceu pouco depois do meio-dia em frente à reitoria. Os funcionários pretendem entregar uma carta aberta à população.A segurança interna da Unicamp isolou a área para evitar possíveis confrontos entre servidores e estudantes. Um grupo de alunos da Faculdade de Artes Cênicas fez uma passeata em prol da ocupação pelas ruas da Unicamp nesta manhã e se concentraram em frente ao prédio.Reunião Uma assembleia com os estudantes para definir o futuro do movimento será realizada nesta quinta-feira (10), às 12h, na reitoria. Nesta quarta-feira (9), os universitários que protestam na Unicamp se juntam aos da Universidade de São Paulo (USP) em uma manifestação na Avenida Paulista. A decisão de aceitar a ajuda oferecida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e permitir que a PM faça rondas no campus foi anunciada no dia 26 de setembro ao Correio.  O que eles reivindicamO grupo de estudantes que ocupa a reitoria há seis dias reivindica que a Polícia Militar permaneça fora dos campi da Unicamp; que não ocorra nenhuma sindicância (inclusive a que investiga os responsáveis pela festa), e que aconteça discussões de projetos alternativos de segurança em audiência pública com toda a comunidade acadêmica.O sindicatoRepresentantes do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) informaram nesta terça-feira (8) que desconheciam o movimento contrário à ocupação e que está do lado dos estudantes. No dia 4 de outubro, segundo dia da invasão, o STU esteve no prédio da reitoria e declarou apoio aos universitários. A entidade também é contrária à presença da Polícia Militar (PM) no campus. O diretor do STU, Antônio Alves Neto, disse na semana passada que a polícia “não é a solução para melhorar a segurança” na Unicamp. (Felipe Tonon/Patrícia Azevedo/AAN)As informações são do repórter Felipe Tonon/AAN Veja também Unicamp cede: presença de PM será votada por conselho Decisão de aceitar a ajuda da PM ficará para o conselho; ainda não há prazo para a votação Estudantes seguem na reitoria; DCE assume prejuízos Alunos rejeitam acordo após reunião com comando da Unicamp e não têm prazo para deixar reitoria Estudantes decidem em assembleia manter ocupação Grupo ocupa a reitoria da Unicamp desde a última quinta (3) e descumpre ordem judicial Rádio Muda: um problema antigo da Unicamp Estação clandestina que realizou festa onde jovem morreu já foi fechada 6 vezes; mira do MPF Plano de segurança será discutido com estudantes Reitoria da Unicamp pretende apresentar propostas ao Conselho Universitário (Consu) Invasores ficam na reitoria no fim de semana Após reunião com a direção da universidade, estudantes marcaram reunião para segunda-feira  

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