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Funcionários da Cidade Judiciária fazem protesto

Escadas foram espalhadas pelos corredores depois que funcionária caiu de uma altura de três metros

Luciana Félix
07/05/2013 às 19:52.
Atualizado em 25/04/2022 às 17:19
Funcionários das varas cíveis de Campinas espalharam escadas em um dos corredores do prédio da Cidade Judiciária como forma de protesto contra as más condições dos equipamentos (Érica Dezonne/AAN)

Funcionários das varas cíveis de Campinas espalharam escadas em um dos corredores do prédio da Cidade Judiciária como forma de protesto contra as más condições dos equipamentos (Érica Dezonne/AAN)

Funcionários das varas cíveis de Campinas espalharam escadas em um dos corredores do prédio da Cidade Judiciária como forma de protesto contra as más condições dos equipamentos.

Nesta terça-feira (7), uma funcionária caiu de uma altura de três metros após a escada onde estava quebrar ao meio. A mulher foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao hospital Beneficência Portuguesa, com fortes dores no abdômen e permanecia em observação.

A mulher identificada como Rosângela Domingues Mendes Pessoa é funcionária da 8ª Vara Cível e precisou utilizar o equipamento para ter acesso a processos em uma das prateleiras do departamento.

Segundo relato de colegas de trabalho que presenciaram o acidente, Rosângela caiu em cima da escada partida e sentia fortes dores.

A utilização das escadas no local é bastante intensa pelos funcionários das varas, já que as prateleiras que armazenam os processos chegam a alcançar quatro metros de altura.

A reclamação dos funcionários é que as escadas disponíveis são velhas, estão em mau estado e não são adequadas para o tipo de trabalho. Eles disseram que já relataram o problema ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), onde pediram uma adequação e substituição dos equipamentos. Porém, segundo eles, não foram atendidos.

A informação é negada pela diretoria da Cidade Judiciária que afirmou que nunca recebeu reclamação ou informação sobre o assunto, formal ou informalmente.

O protesto

Ao todo os funcionários das varas distribuíram 13 escadas pelo corredor C, onde ficam os guichês das 13 varas cíveis da cidade. Algumas foram colocadas abertas e outras fechadas e encostadas em pilares do local.

Em todas, foram afixados cartazes com os dizeres: "protesto pacífico em razão do acidente com uma colega da 8ª Vara Cível" . E, em algumas, cartazes alertavam sobre degraus quebrados e escadas com problemas.

Outro lado

O juiz e diretor da Cidade Judiciária, Luiz Antônio Alves Torrano, afirmou que desconhecia o problema e afirmou que pediu um levantamento dos equipamentos do local.

"Infelizmente o acidente aconteceu. Mas, não recebi nenhuma reclamação referente a isso. Só após a queda. Recebo outros tipos de pedidos, formal e informalmente, porém esse assunto nunca chegou até a mim", afirmou.

Ele disse também que as prateleiras vem de São Paulo e não tem como alterar o modelo. "Já começamos a fazer um levantamento dessas escadas e em breve serão substituídas. Lamento o que ocorreu e o que puder ser feito faremos."

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