ambulâncias

Frota alugada vai aliviar o Samu

Contrato garante economia milionária à Prefeitura, que hoje assumirá os custos de manutenção

Rogério Verzignasse
23/03/2018 às 07:46.
Atualizado em 23/04/2022 às 07:11
Há dez ambulâncias paradas na oficina, à espera de conserto; não existe, ainda, estimativa sobre a reintegração (Leandro Ferreira/AAN)

Há dez ambulâncias paradas na oficina, à espera de conserto; não existe, ainda, estimativa sobre a reintegração (Leandro Ferreira/AAN)

A Prefeitura de Campinas firmou quinta-feira um contrato de locação de 15 ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). São veículos seminovos. Todos estarão nas ruas entre cinco e dez dias. O Município vai pagar R$ 1 milhão de aluguel, ao longo de seis meses. A notícia foi comemorada pelos gestores do serviço. Hoje, circulam apenas duas das 12 unidades de atendimento básico da frota. Há dez ambulâncias paradas na oficina, à espera de conserto. Não existe, ainda, estimativa sobre quantas poderão ser reintegradas à base operacional. A situação não evoluiu para uma tragédia porque o Samu tinha três unidades de atendimento avançado (UTIs móveis), e ainda contava com a ajuda estratégica do resgate do Corpo de Bombeiros. O prefeito Jonas Donizette (PSB), presente à cerimônia de assinatura do contrato, explicou que a opção pela locação representa, na verdade, economia aos caixas públicos. As despesas anuais com manutenção, disse, chegavam aos R$ 3,2 milhões anuais. A partir de agora, conforme previsto nos termos do acordo, a locadora vai assumir todos os custos para a troca de peças. Se o veículo quebrado não tem conserto, a contratada é obrigada a fornecer outra ambulância para a frota. O Município não terá qualquer despesa com mecânicos. Com a nova estratégia, a Prefeitura se livra de uma situação no mínimo inusitada. O contrato firmado até hoje com as oficinas previa a manutenção preventiva, mas não cobria os gastos para a compra de novas peças. “Com o novo modelo de gestão, vamos economizar R$ 1,2 milhão anuais”, afirmou Jonas. A precariedade da frota, denunciada pelo Correio Popular, motivou até a formação de uma comissão especial de vereadores que exigiam solução imediata para o caso, já que o serviço atende, diariamente, cerca de 250 chamados. Um relatório técnico da própria coordenação detalhou, no mês passado, os defeitos de cada veículo: vazamento de óleo, câmbio avariado, pequenas batidas, lanternas queimadas, freios desgastados. “O drama acabou. Estamos aliviados”, comemorou a coordenadora geral do serviço, Elisângela Fraco Nonato. Nos próximos dias, a Administração vai saber quais das ambulâncias quebradas podem ser consertadas, e quais serão descartadas definitivamente. Motolâncias O prefeito também disse que “está encaminhada” a solução para outra deficiência do serviço. Há sete motolâncias paradas, simplesmente porque não há servidores que as operem. Os condutores até foram aprovados em concurso público, mas ainda não foram convocados para os cargos. Jonas promete agilizar a contratação. As motos também são importantes. Podem chegar mais rapidamente a um cidadão que liga por socorro. O socorrista vence o trânsito complicado e antecipa o socorro à pessoa acidentada, até chegada do médico.

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