OUTONO

Frio faz crescer 21% procura de moradores de rua por albergue

No Setor de Atendimento ao Migrante, Itinerante e Mendicante (Samim) são encaminhados ao abrigo, onde são acolhidos, recebem alimentação, cuidados básicos de higiene e podem dormir

Sarah Brito
sarah.brito@rac.com.br
05/06/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 11:39

Os homens representam 83% do total de atendidos pelas cinco unidades existentes na cidade, nas quais os abrigados podem ficar por até um ano (Elcio Alves)

O atendimento a moradores de rua em Campinas aumentou 21% na última semana devido a queda na temperatura. O frio - que chegou a 14,5ºC nas madrugadas - fez os moradores procurarem o atendimento no Setor de Atendimento ao Migrante, Itinerante e Mendicante (Samim) de Campinas, que encaminha quem aceita o serviço ao albergue municipal. Lá eles são acolhidos, recebem alimentação, cuidados básicos de higiene e podem dormir no local.A média de pessoas que frequenta o local é de 110 por noite, mas nas últimas noites o serviço, que tem capacidade para 130 moradores, recebeu 133. O serviço costuma oferecer estada de cinco dias, mas há casos em que o período é prolongado. Uma vez no albergue, o morador de rua passa por uma avaliação para definir as ações que poderão ser tomadas posteriormente para retirar o cidadão da rua. Se for de interesse do abrigado, poderá ser encaminhado para outros abrigos da cidade onde terá um acompanhamento para retorno à vida social. São cinco abrigos na cidade que atendem aos moradores por até um ano. "O trabalho é sensibilizar o morador de rua para aderir à proposta. Para isso, o serviço SOS Rua oferece cobertor, como medida protetiva e para se aproximar do usuário. Queremos que ele aceite a ajuda", disse Kátia Rose Gonçalves da Silva, coordenadora dos programas da população de rua da cidade. Até o dia 24 de maio, a Operação Inverno distribuiu 576 cobertores. No albergue, além do pernoite, o serviço oferece café da manhã, jantar e produtos de higiene pessoal aos moradores que procuram o local de maneira espontânea. A entrada de crianças e adolescentes desacompanhados dos responsáveis legais não é permitida. Pessoas alcoolizadas ou sob efeito de drogas também são proibidas de permanecer no local. De acordo com Kátia, a maior parte dos atendidos é do sexo masculino, que representam 86% do total. Muitos moradores de rua são usuários de droga, e o serviço da Assistência Social envolve a recuperação da saúde mental e física. Quem aceita, é encaminhado para os serviços do Centro de Atenção Psicossocial, Álcool e Drogas (CAPS AD).Outra atenção oferecida é o Cartão Recomeço, para tratamento de dependentes químicos que voluntariamente procurarem ajuda. O cartão custeia as despesas de recuperação dos dependentes químicos repassando diretamente para a entidade credenciada o valor de R$ 1.350,00 mensais por usuário. Da população de rua, 23 pessoas acessaram o tratamento de drogas por meio do programa, em 2015.São, no total, três abrigos masculinos (74 vagas), um feminino (25 vagas), uma casa de passagem (25 vagas), uma residência inclusiva (15 vagas) e uma casa para idosos (12 vagas). A sede do Samim fica na Rua Francisco Elisiário, n° 240, no bairro Bonfim, em Campinas. Casa de CidadaniaA nova Casa de Cidadania, no bairro Vila Industrial, também já está acolhendo a população de rua. De acordo com a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, o local está funcionando desde a segunda quinzena de maio, mas ainda faltam fornecedores de alimentação para todos os dias da semana, feito por voluntários e entidades. No início, cerca de 50 pessoas eram atendidas. E na última semana, o registro é de 140 pessoas que acessaram o serviço. "Estamos reagrupando as entidades, para oferecer oportunidade de utilizar a Casa de Cidadania", disse Kátia Rose. De acordo com ela, no local os moradores de rua recebem alimentação, higiene e referenciamento - é oferecido abrigo para pessoas de fora de Campinas, além dos moradores.

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