LAZER

Fracassa licitação para bondinho da Lagoa do Taquaral

Única empresa no pregão teve problemas com documentação; nova concorrência será marcada

Maria Teresa Costa
12/10/2013 às 09:13.
Atualizado em 25/04/2022 às 00:30
Bondes parados:custo da reforma soltou de R$ 200 mil para R$ 390 mil (Dominique Torquato/Cedoc)

Bondes parados:custo da reforma soltou de R$ 200 mil para R$ 390 mil (Dominique Torquato/Cedoc)

A última licitação para recuperar os bondes da Lagoa do Taquaral, em Campinas, fracassou. A única empresa que se apresentou no pregão eletrônico teve problemas com a documentação, segundo a publicação no Diário Oficial do Município de sexta-feria (11). A necessidade de novo pregão é mais um obstáculo no caminho da recuperação dos quatro veículos — um dos quais sumiu, restando apenas a carcaça. O custo da recuperação, inicialmente estimado em cerca de R$ 200 mil, já está em R$ 390 mil e o serviço, que era para levar três meses em execução, vai durar seis meses.Pelo menos um bonde voltará a circular na Lagoa do Taquaral até o final do mês, segundo o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella. Outros dois, entrarão em operação em novembro, disse. Os problemas encontrados, segundo ele, são reflexo do sucateamento ocorrido nos últimos 16 anos, período em que as composições funcionaram sem manutenção ou receberam peças inadequadas. “Assim como em uma casa velha, quando você decide reformar, os problemas começam a aparecer”, disse.O sumiço do maquinário de um dos bondes ainda está sendo investigado,portal enquanto a carcaça permanece em cima de cavaletes. O que se sabe até agora é que a empresa Empretec Indústria e Comércio Ltda. foi contratada em 2010 para fazer a reforma do bonde, mas teria terceirizado o serviço. As apurações feitas apontaram que ele teria sido levado para uma oficina no Parque Oziel e nunca mais devolvido à Administração. Algumas incursões pelo Oziel foram realizadas, mas o maquinário não foi localizado.O projeto inicial era apenas retificar os motores elétricos, que estavam fundidos. Mas, segundo Paulella, quando o trabalho teve início, foi observada trinca na carcaça do motor. Depois, na recuperação do truque — parte rodante, com rodas, suspensão, rolamentos e freios —, apareceram problemas nos mancais e trincas nos chassis. “Isso tudo só é possível saber quando se começa a desmontar as peças para poder recuperá-las”, afirmou.Como não há no mercado, segundo Paulella, peças para substituírem as que faltam, a saída para ter os bondes de volta é a reforma, o que exige um trabalho artesanal. A última licitação era para contratar uma empresa para a recuperação do truque, de dois rodeiros e dois motores do bonde 2, com fornecimento de peças.Os bondes elétricos são do modelo “cara-dura”, que foram usados no sistema de transporte público da cidade entre 1912 e 1968, fabricados pelas norte-americanas General Eletric e White Whestinghouse.Desde maio, os frequentadores da Lagoa do Taquaral não podem passear de bonde pelo parque. O último que ainda circulava quebrou e os passeios pararam. Veja também Pane deixa o último bondinho na garagem Passeio sobre trilhos é uma das atrações da Lagoa do Taquaral, principal parque da cidade Sindicância vai apurar o sumiço de peças de bonde Dos quatro equipamentos existentes no Parque Portugal, apenas um circula

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