FBGA

Fórum compartilha ideias verdes

Aproximadamente 60 expositores mostraram durante o evento produtos e alternativas sustentáveis

Daniel de Camargo
30/06/2019 às 09:41.
Atualizado em 30/03/2022 às 21:50

Aproximadamente 60 expositores exibiram produtos e serviços no 2º Fórum Brasil de Gestão Ambiental (FGBA), realizado entre quarta e sexta-feira, em Campinas. Organizado conjuntamente pelo Grupo RAC e Stem Cell Participações, o evento mais importante de sustentabilidade do País levou milhares de visitantes à Expo D. Pedro, no Parque D. Pedro Shopping. O volume e valor dos negócios gerados durante a conferência serão divulgados nos próximos dias. A expectativa dos organizadores é que o resultado, no mínimo, supere os R$ 3 milhões movimentados em 2017. Logo na entrada do espaço que recebeu o Fórum, o público se deparava com esculturas magníficas do mineiro Zé Vasconcellos. Natural de Guaxupé, o artista reside em Campinas há mais de 20 anos. Em seu estande, o escultor apresentou peças feitas de metais recicláveis (aço carbono e aço inox). Vasconcellos começou a desenvolver esse tipo de trabalho após uma estadia em Paris, onde viveu por um ano, entre 2005 e 2006. Imponentes, as obras chamam a atenção pelos requintes. A criatividade começou a ser notada por familiares ainda na infância, quando o artista fazia esculturas em giz escolar. Nos três dias do Fórum, os visitantes puderam ver desde um cavalo orçado em mais de R$ 80 mil, que leva, em média, dois meses para ser desenvolvido, até uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, realizada em apenas 10 dias e com valor bem menor: cerca de R$ 4,5 mil. Já o sistema de purificação de água da empresa paulistana Água Boa foi pensado inicialmente, segundo a diretora de operações Maria Helena C. Rocha Azevedo, com foco em comunidades ribeirinhas sem acesso a água potável. Atualmente, tem despertado o interesse de empresas e shoppings. O equipamento orçado em R$ 8,8 mil, que reduz até 99,5% das partículas presentes na água, foi concebido para ser leve e portátil (pesa aproximadamente 8kg), porém, com característica robusta que lhe permite ser resistente a trepidações e solavancos. Maria Helena informou que o aparelho torna potável água de rios, lagos, poços e cisternas. O produto foi desenvolvido pela Universidade Federal de São Carlos. "O equipamento purifica até 4 litros por minuto, ou seja, faz 5 mil litros por dia", detalha. Por sua vez, a DoctorTree com sede em Jarinu, cidade a cerca de 50 km de distância de Campinas, apresenta uma solução curiosa para diagnosticar a saúde das árvores: um tomógrafo sônico. Nathalia Ferreira, operadora de equipamentos, explica que o aparelho analisa se há ou não espaço oco no interior da arvore e se há madeira suficiente para mantê-la em pé. O procedimento se dá pela instalação de sensores entorno do tronco, por meio dos quais é medida a velocidade da onda sonora. "Batemos num prego e vemos quanto tempo demora para se propagar até os demais", disse. Quanto mais lento pior é a condição da árvore. "Caso haja cavidades, aparecerá no relatório", completa. Nathalia comenta que os clientes da empresa são prefeituras e arboristas particulares. Uma diária do serviço sai por R$ 2,2 mil, mais despesas de deslocamento da equipe. São analisadas, em média, quatro árvores por diária, sendo que o tratamento para cada uma delas leva geralmente uma hora e meia. Para suprimir a possibilidade de um "falso positivo", Nathalia diz que o resultado é validado por outro equipamento que perfura a árvore, confirmando a resistência da madeira. A Lanci, com sede em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, apresentou um mix de produtos feitos em madeira plástica, entre eles, bancos, lixeiras e pontos de ônibus com abrigo. Daniel Gaitkoski Neto, gerente comercial da empresa, esclarece que o material usado para fabricar o mobiliário é composto 80% de plástico e 20% de casca de arroz. "Aglutinamos tudo em alta pressão resultando no que chamamos de madeira plástica", disse. Além do fator sustentável, os produtos tem durabilidade de aproximadamente 50 anos e requerem praticamente nenhuma manutenção. Os abrigos de ônibus comuns custam R$ 9,9 mil e os com painel solar, R$ 14,5 mil.

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