Objetivo é preservar vegetação e evitar danos com o processo de recuperação de área
A GNO Empreendimentos e Construções montou uma operação especial para preservar 25 árvores que estavam na Praça José Salim, ao lado da cratera formada depois do desmoronamento em uma construção da empresa na Rua Gustavo Ambrust, no Cambuí. Serão retiradas pitangueiras, palmeiras imperiais, araçás, um jequitibá e um ipê-roxo. A ideia é preservar a vegetação da praça e evitar danos com o processo de recuperação da área. “É uma operação para não perder nada da vegetação. Aquela praça já havia sido feita pela GNO e doada para a Prefeitura, a ideia é manter esse trabalho”, afirmou o agrônomo Alexandre Furcolin.
A retirada da vegetação da praça foi uma determinação do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Prefeitura. Durante a manhã, técnicos do DPJ estiveram na praça e repassaram as orientações necessárias para a retirada da vegetação. Furcolin explica que as árvores passaram por um processo de sangramento, o torrão (raiz) foi embrulhado com estopa e depois foi passado hormônio enraizador, que promove o enraizamento rápido da planta. “As árvores de menor porte, como as palmeiras, ipê, araçás e jequitibás serão plantados em outras áreas públicas”, disse. As três pitangueiras, que têm um tamanho maior que as demais e demandam mais cuidados, ficarão sob a responsabilidade de Furcolin. “A pitangueira tem um torrão grande, usaremos um caminhão com guindaste para levá-las até um viveiro onde contamos com um sistema de gotejo. É uma árvore que precisa de cuidado especial”, explicou.
O manejo das árvores está sendo feito paralelamente ao monitoramento da área, que tem como objetivo evitar novos desmoronamentos de terra. O processo de recuperação da cratera ainda não tem prazo para ser iniciado. A Prefeitura aguarda que o Instituto de Pesquisas Técnicas (IPT) venha para Campinas vistoriar o local para definir o plano de ação e recuperação da área. A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que se o IPT demorar para agendar a data de vistoria, a Administração considera contratar, de forma emergencial, uma empresa para fazer o laudo sobre a cratera. Os custos com a contratação serão pagos pela construtora.
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