retorno seguro

FNP pede protocolo com orientações

Prefeitos querem a elaboração de um protocolo nacional de orientações para a flexibilização do isolamento social, com regras que ofereçam segurança

Maria Teresa Costa
24/04/2020 às 13:09.
Atualizado em 29/03/2022 às 12:46

Prefeitos querem a elaboração de um protocolo nacional de orientações para a flexibilização do isolamento social, com regras que ofereçam segurança no afrouxamento das medidas restritivas já adotadas, para que os municípios tenham como base para tomarem as decisões de retorno à normalidade. O presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Jonas Donizette (PSB), disse que um documento será encaminhado ao Ministério da Saúde, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria Geral da República para que haja um posicionamento oficial do governo. Após reunião com vários prefeitos, ontem, Jonas disse que o último posicionamento do Ministério da Saúde é de 15 de abril, recomendando o isolamento social e sua ampliação. “Precisamos de indicativos claros, para cada prefeito tomar a decisão de retorno das atividades”, disse. Os prefeitos também cobram soluções para que tenham condições de analisar a situação da Covid-19 com mais profundidade. “Os testes que o governo nos prometeu há mais de um mês não chegaram e nem os equipamentos de proteção individual”, afirmou. Para Jonas, a saída desse momento não pode ser individualizada. Segundo ele, esse protocolo que deve nortear estados e municípios listará uma série de condições para que as atividades sejam retomadas de forma gradativa. “Não é uma questão de data, mas sim de circunstâncias”, afirmou. Na teleconferência, ontem, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, informou que entre 10% e 15% da população da cidade está infectada por coronavírus. Nesse cenário, disse, o município conta com a “estrutura necessária para atender o pico da doença”, que deve ocorrer entre 10 e 15 de maio. Nogueira, que pretende flexibilizar suas medidas a partir do início de maio, declarou que devem ser levados em consideração dados e estudos científicos. “É importante que tenhamos parâmetros científicos para poder pontuar a volta das atividades e diminuir essa pressão sem perder controle sanitário”, concordou o prefeito de Vitória, Luciano Rezende. De acordo com Jonas, sem uma diretiva nacional, os prefeitos acabam tomando decisões que depois são revertidas pela Justiça, no caso de flexibilização das atividades durante o período de quarentena. “Queremos reestabelecer a normalidade, mas com regras nacionais claras”, afirmou.

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