QUARENTENA

Flexibilização dá um passo para trás

Todos os 42 municípios da área de saúde de Campinas voltam à fase vermelha na segunda-feira

Maria Teresa Costa
04/07/2020 às 09:15.
Atualizado em 28/03/2022 às 23:48
Novo mapeamento do Estado de São Paulo, anunciado ontem, mostra aumento das áreas em fase vermelha  (Governo do Estado/Divulgação)

Novo mapeamento do Estado de São Paulo, anunciado ontem, mostra aumento das áreas em fase vermelha (Governo do Estado/Divulgação)

A região de Campinas volta a fechar as atividades não essenciais a partir de segunda-feira, com a reclassificação para a fase vermelha do Plano São Paulo de retomada das atividades anunciada ontem pelo governador João Doria (PSDB). Assim, nas 42 cidades pertencentes à área do Departamento Regional de Saúde, apenas os serviços essenciais funcionarão. O retorno à fase mais restritiva do plano estadual ocorre pela alta taxa de ocupação de leitos de UTIs, que chegou a 80,6% na noite de quinta-feira, informou o prefeito Jonas Donizette. Taxas acima de 80% levam as regiões paulistas automaticamente para a fase vermelha. Quem descumprir as regras de funcionamento das atividades em Campinas será multado em 400 UFICs (R$ 1,4 mil), valor que dobra na reincidência e, na terceira vez, o estabelecimento é fechado - pela determinação, não poderá funcionar até o fim da quarentena. O período em que a região permanecerá na fase vermelha é incerto. Para que haja uma progressão a uma fase com menos restrições e mais aberturas, serão necessárias duas semanas de melhoras nos índices. Na próxima sexta-feira, o governador João Doria (PSDB) anunciará a reclassificação das regiões que, dependendo da taxa de ocupação de leitos, avanço de casos da Covid-19 e de mortes pela doença, poderão também regredir. O prefeito informou que uma força tarefa de fiscalização estará nas ruas a partir de segunda para garantir o cumprimento das regras e que não haverá advertência. Havia expectativa na quinta-feira à tarde, quando a taxa de ocupação de leitos de UTIs para pacientes da Covid-19 estava em 80%, que a região continuaria na fase laranja, mesmo no limite da regra do Plano São Paulo. Campinas, mesmo na fase laranja, havia determinado o fechamento do comércio de rua e shoppings, após a aglomeração de pessoas ocorrida no Centro, quando o comércio tinha sido autorizado a abrir, em 8 de junho. O fechamento das atividades não essenciais foi baseado em indicadores que mostraram que a região está com 80,6% de ocupação hospitalar, uma oferta de leitos de 18,1 por 100 mil habitantes, uma variação semanal de 0,99% de casos de Covid-19, de 1,18% nas internações e de 0,88% em mortes pelo novo coronavírus.A região de Campinas foi a única que teve que regredir à fase vermelha no Plano São Paulo de retomada, onde já estavam e, segundo anúncio do governador João Doria (PSDB) permanecerão: Araçatuba, Presidente Prudente, Marília, Bauru, Sorocaba, Registro, Ribeirão Preto, Piracicaba e Franca. O retorno à fase vermelha, disse Jonas, mudará pouco em relação ao funcionamento das atividades que estão valendo hoje. "Eu já havia determinado há duas semanas a restrição do comércio de rua e shoppings", disse. Não haverá mudanças no transporte público, segundo o prefeito, que permanecerá com a frota atual nas ruas. As igrejas poderão celebrar missas e cultos presenciais, com 30% da capacidade, distanciamento entre os frequentadores e as medidas de higiene, como uso de máscaras e de álcool em gel. A recomendação, no entanto, é que realizem as celebrações de forma virtual. Com o retorno à fase de maior restrição, atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios estarão impedidos de realizar atendimento presencial.

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