PRIMAVERA

Flamboyants e suas flores dão colorido à cidade

Árvore substitui o tom dos ipês e tem em Campinas um espaço privilegiado

Rafaela Dias
rafaela.dias@rac.com.br
23/11/2017 às 22:40.
Atualizado em 22/04/2022 às 18:18

Os flamboyants tiveram no Município um grande estudo sobre a espécier (Carlos Sousa Ramos/AAN)

Até o começo de novembro os ipês enfeitaram a cidade e garantiram muitos olhares, mas agora chegou a vez dos flamboyants. Originária de Madagascar, na África, a árvore (Delonix regia) é considerada uma das mais belas do mundo, devido ao colorido intenso de suas flores. Frondosa, ela possui tronco forte e um pouco retorcido, podendo alcançar cerca de 12 metros de altura. Sua copa é ampla, em forma de guarda-chuva, e pode ser mais larga do que a própria altura da árvore. Segundo a engenheira agrônoma da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Escolástica Ramos de Freitas, o flamboyant foi introduzido no Brasil no início do século 19, por Dom João VI. “Ela é uma árvore que vai muito bem no Sudeste em clima tropical e subtropical. São três suas cores: vermelho, alaranjado e amarelo”, explicou. Apesar da beleza, segundo a especialista, a espécie é agressiva e precisa de espaço. Ela é indicada para o paisagismo, mas com cautela na área urbana. “As raízes do flamboyant são bastante agressivas. Com parte delas acima da superfície, acaba se tornando imprópria para a ornamentação de calçadas, ruas ou nas proximidades de tubulações de água, esgoto, paredes e fiação elétrica”, disse a engenheira. Mas o paisagismo não é a única função da espécie. Suas sementes de coloração acastanhada e forma alongada, donas de um desenho raro, se tornaram quesito básico no artesanato. “Nos acessórios, as sementes geralmente combinam bem com outras de cores mais contrastadas”, falou. Já para a plantação, segundo ela, a semente precisa de um banho de água quente pois possui dormência. “O ideal é ferver a 180 graus por cinco a dez minutos para germinar mais rápido”, explicou. A engenheira do CATI explicou ainda que Campinas é uma cidade privilegiada porque teve um pesquisador, Hermes Moreira de Souza, que dedicou boa parte de seus 91 anos a difundir e descobrir espécies. “O doutor Hermes foi responsável pelo trabalho pioneiro de implantação de coleções de árvores e palmeiras em uma época em que quase ninguém tinha interesse pelo assunto. Campineiro apaixonado pelas árvores, ele incentivou a criação de muitas coleções públicas e particulares”, contou. 

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