REGIÃO

Flagrantes de imprudência em travessia são comuns

Mesmo com a passarela próxima centenas de pessoas arriscam a vida atravessando a Anhanguera

Patrícia Azevedo
patricia.azevedo@rac.com.br
09/03/2013 às 22:32.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:23

Pedestre atravessa a Anhanguera próximo à passarela (Erica Dezonne/AAN)

A passarela está a poucos metros de distância, mas, mesmo assim, todos os dias centenas de pessoas arriscam a vida atravessando a Rodovia Anhanguera, na altura do Km 108, em Sumaré, em meio a carros, motos, ônibus e caminhões pesados. A prática foi flagrada pela reportagem do Correio Popular na última semana nessa e em outras quatro estradas que cortam a região, e mostra que a falta de cuidado e respeito dos pedestres é um dos principais fatores geradores de atropelamentos em rodovias.

Um levantamento feito pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) indica que cerca de 21% das vítimas morrem atropeladas a menos de 200 metros da passarela. Em 2012, foram registrados 563 atropelamentos nos 3,5 mil quilômetros de rodovias concedidas à iniciativa privada no Estado. Esse número se mantém estável nos últimos três anos.

“Todo dia, a gente vê pessoas quase sendo atropeladas. É uma calamidade”, afirmou a balconista Lúcia Inês Santos, que trabalha em um estabelecimento comercial às margens da rodovia.

[INTERTITULO]Imprudência

[/INTERTITULO]A imprudência não é exclusividade da Anhanguera. Na Rodovia Professor Zeferino Vaz, que liga Campinas a Cosmópolis, até mesmo os trabalhadores de uma obra no local ignoram a passarela. Um dos homens flagrados pela reportagem atravessou a pista falando ao celular bem embaixo da construção. “Às vezes, eu uso a passarela, mas a caminhada é grande, tem que dar uma volta”, justificou o pedreiro Joir Silva, que confessa optar por ignorar a passarela.

A concessionária Rota da Bandeiras informou que no ano passado três pessoas morreram e outras oito ficaram feridas em atropelamentos ocorridos a menos de 200 metros de passarelas em sua malha. Os casos foram registrados nas rodovias D. Pedro I e Zeferino Vaz. Dados da AutoBAn revelam que, em 2012, 64% dos atropelamentos com vítimas fatais aconteceram a menos de 200 metros de passarelas.

Perigo

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) fez um levantamento com o número de atropelamentos nas proximidades de passarelas. No ranking, são citados dois trechos de rodovias na região. A situação é mais grave no Km 141,9 da D. Pedro I, próximo ao Jardim São Marcos, e no Km 109,5 da Anhanguera, no Jardim Salerno, em Sumaré.

Os motoristas que circulam pela Rodovia Santos Dumont também são surpreendidos por travessias inesperadas na região. Apesar do muro central de proteção instalado ser alto, ainda há quem arrisque pular. “Tem muitos bairros aqui perto e a pessoa não quer andar. A gente tem de prestar atenção para evitar tragédias”, diz o vendedor Clayton Silva, que dirige pela via.

A Rodovia SP-340, que liga Campinas a Mogi Mirim, tem uma passarela nas imediações do Hipermercado Extra, mas o motorista que passa pelo local tem que redobrar a atenção para evitar acidentes. Dezenas de pessoas atravessam a estrada no trecho que passa pela área urbana, a poucos metros da passarela.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por