VIGILÂNCIA

'Fiscais da dengue' denunciam fonte desativada no Taquaral

A fonte é uma das dezenas de denúncias de possíveis criadouros enviadas por leitores diariamente ao Correio Popular via WhatsApp (19-996086114)

Sarah Brito
sarah.brito@rac.com.br
28/03/2015 às 13:13.
Atualizado em 23/04/2022 às 18:11

Fonte no Balão do Vilani está desativada há dois anos e com água acumulada: Prefeitura diz que faz vistoria e estuda aplicar camada de areia (Janaina Ribeiro/ AAN)

A Praça Joaquim Teixeira, na Avenida Nossa Senhora de Fátima, no Taquaral, conhecida como Balão do Vilani, guarda um possível criadouro de dengue, segundo moradores: uma fonte desativada há mais de dois anos. Com água próxima às paredes — local onde o mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, costuma depositar seus ovos — a fonte é uma das dezenas de denúncias de possíveis criadouros enviadas por leitores diariamente ao Correio Popular. Foto: Janaina Ribeiro/ AAN Prédio do antigo curtume: janelas quebradas e área com mato e lixo Os “fiscais-cidadãos” do bairro afirmam ter enviado reclamações à Prefeitura, que não resolveu o problema. A água estava, nesta sexta (27), aparentemente com espuma, mas o ovo do mosquito pode resistir na parede da fonte até uma nova chuva. O ovo é resistente por dois anos. O Correio tem acompanhado as denúncias de leitores via e-mail, telefone, aplicativo Whatsapp ou pelas páginas on-line (Correio.com.br ou Portal.rac.com). Campinas tem já confirmados este ano 7.621 casos de infecções por dengue e outros 7.284 estão sob investigação. Somente em março, foram 3.526 novos casos da doença na cidade, de acordo com balanço divulgado na quinta-feira. A sorologia — confirmação da doença por exame de sangue — foi suspensa no início da semana, quando a cidade atingiu a marca de 80 notificações para cada 100 mil habitantes. No caso do chafariz, a Prefeitura de Campinas informou que há um dreno que impede o acúmulo de água, mas que folhas na saída prejudicaram a vazão da água. O Departamento de Parques e Jardins (DPJ), responsável pelo local, informou que avalia a colocação de uma camada de areia na fonte até que se defina o que será feito. A Vigilância em Saúde (Visa) Leste informou ainda que técnicos estiveram no local no dia 20 de março, para aplicar larvicida no chafariz desativado. Na ocasião, não foram encontradas larvas no local, mas a aplicação foi feita como medida de precaução. O produto tem validade de três meses.   Entulho   Foto: Janaina Ribeiro/ AAN Lixo e galhos na Rua Professor João Lourenço Rodrigues, Guanabara Quatro pontos e duas coisas em comum: entulho e mato alto. O primeiro é o ponto final de linhas de ônibus no bairro Gramado. O local acumula garrafas pet, sacolas plásticas, copos descartáveis e embalagens de isopor. Segundo moradores, o lixo é jogado pelos motoristas das linhas, que costumam fazer refeições e descansar no espaço. O segundo local também é no Gramado. Um terreno na Rua Papa João Paulo I assusta moradores, por também esconder objetos jogados. Segundo vizinhos, a área tem muitos pernilongos. Já na Rua Professor João Lourenço Rodrigues, no Guanabara, o problema é em frente a uma residência fechada. Há lixo, restos de árvores e materiais que podem acumular água. No Cambuí, a situação é semelhante: no prédio que abrigava a Justiça Federal, na Rua Américo Brasiliense, há restos de material de construção, como latas de tinta, e sacolas plásticas que criaram inúmeros pontos de proliferação de mosquitos. Sobre os terrenos, a Coordenadoria de Fiscalização de Terrenos (Cofit), órgão da Secretaria de Serviços Públicos, informou que realizará fiscalização no local. Caso seja detectado foco do mosquito da dengue, o órgão acionará a Vigilância em Saúde para fazer a eliminação. A Cofit também vai notificar o proprietário do terreno para que ele limpe a área. Sobre o prédio no Cambuí, a Prefeitura informou que a Visa Leste ainda não havia recebido nenhuma denúncia relacionada a este imóvel. No entanto, enviará uma equipe até o local para avaliar a situação. Sobre a denúncia do ponto final de ônibus no Gramado, a Cotalcamp, cooperativa responsável pela linha, informou que enviará uma equipe na próxima semana para averiguar a situação, e tomará medidas para evitar que o lixo se acumule novamente. A empresa fará uma reunião com os motoristas para orientá-los a não jogar lixo. CurtumeMoradores também reclamam do antigo prédio do curtume, na Avenida Carlos de Campos, Vila Industrial. No local, além do edifício estar abandonado e com janelas quebradas, há um terreno próximo que acumula entulho e lixo. Sacolas, garrafas pet e copos podem ser encontrados. A Prefeitura informou que fiscalizará o local.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por