requerimento

Filiados do PSB pedem expulsão de Vinicius Gratti

Os representantes das seis secretarias temáticas do PSB de Campinas protocolarão requerimento pedindo a expulsão do vereador Vinicius Gratti

Maria Teresa Costa
13/06/2019 às 14:29.
Atualizado em 31/03/2022 às 00:26

Os representantes das seis secretarias temáticas do PSB de Campinas protocolarão entre sexta-feira (14) e sábado (15) requerimento pedindo a expulsão do vereador Vinicius Gratti do partido por ter votado esta semana, por duas vezes, pela abertura de processo de impeachment contra o prefeito Jonas Donizette. A postura contrariou orientação da liderança de governo na Câmara para que a base de apoio rejeitasse a instalação de comissão processante. Se Gratti for expulso, perde o mandato. O diretório não chegou a fechar questão sobre como os vereadores deveriam votar. Mas, segundo o secretário da Juventude do PSB de Campinas, Rafael Pimentel Alberto, embora o partido não tenha se reunido para deliberar especificamente sobre a votação, há uma decisão do Congresso de 2017 da eleição do partido que exarou apoio à gestão eleita na coligação Campinas Olhando Pra Frente. “Ele infringiu não uma decisão do diretório, mas o Estatuto e o Código de Ética do partido. A liderança de governo orientou para votar contra e ele votou a favor”, afirmou. O estatuto, informou, prevê, na parte que trata da fidelidade e disciplina partidárias, que filiados que descumprirem decisões tomadas nos congressos do partido podem ser punidos com advertência até a expulsão, e os titulares de mandatos tem, entre outras obrigações, exercer o cargo respeitando o Manifesto, o Estatuto, o Programa, o Regimento Interno e as resoluções os órgãos dirigentes do PSB. Gratti disse hoje que está tranquilo e que ainda não falou com o presidente do PSB, Wanderlei de Almeida. "Se o partido entender que não sou mais bem-vindo, vou acatar a decisão com tranquilidade", afirmou. Por três vezes ele se colocou ao lado da oposição ao votar pela instalação de comissão processante (CP), segundo o secretário da Juventude. No ano passado, quando a Câmara aprovou a instalação de CP para investigar o prefeito por omissão e negligência nos desvios de recursos públicos do Hospital Ouro Verde, o parlamentar não compareceu à sessão. Esta semana, na segunda-feira, quando o Legislativo discutiu e rejeitou pedido de CP dos vereadores Mariana Conti (PSOL) e na quarta, de Tenente Santini (PSD), Gratti votou pela aprovação de investigação de Jonas com base de decisão do Tribunal de Justiça. O TJ condenou o prefeito por ato de improbidade administrativa, determinou a exoneração de todos os comissionados ocupantes de cargos descritos em leis declaradas inconstitucionais e determinou, também, a cassação de seu mandato e a perda de direitos políticos por cinco anos. A perda do mandato, no entanto, só ocorrerá após decisão transitada em julgado. “Ele vem, sistematicamente, tomando atitudes de confronto com o governo e adotando alinhamento com o bloco de oposição. Se ele não está satisfeito, a porta da rua é serventia da casa e se está esperando a janela partidária para mudar de partido, nós vamos abrir a porta para que ele saia”, afirmou. A representação está sendo analisada por um advogado e hoje as secretarias do PSB irão colher as assinaturas, para que, no máximo até sábado, seja protocolada no diretório, com cópia destinada à Comissão de Ética.

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