Fila da UTI não para de crescer em Campinas, agora são 200 (AFP)
A fila de pacientes à espera de atendimento em leitos de enfermaria e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) atingiu cerca de 200 pessoas nas redes pública e privada de Campinas. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, esse número é dinâmico, mas até ontem era de 186 pacientes precisando de leitos. Ou seja, 23 a mais que na sexta-feira, com 163 pacientes na fila. Um crescimento de cerca de 15% em quatro dias.
A situação da fila por leitos em Campinas é só mais um reflexo do colapso que vive há semanas a rede de saúde da cidade por conta da epidemia de coronavírus, que registrou uma alta na curva de transmissão e contágio desde meados de fevereiro.
Segundo informações da administração, todos os pacientes na fila de leitos, estão com atendimento médico, acomodados nos chamados leitos de retaguarda, abertos para suprir a alta demanda na porta dos hospitais.
A previsão da Prefeitura é que a cidade atinja uma quantidade superior a 160 leitos de UTI, apenas na rede pública, até o final do mês. Apesar do esforço, a realidade é que, mesmo com os recentes anúncios de aumento no número de leitos, tanto de UTI quanto de enfermaria, a taxa de ocupação na cidade não diminui.
Até ontem, segundo a Prefeitura, somados às redes pública e privada, a cidade contava com 416 leitos de UTI exclusivos para pacientes com covid-19. Deste total, 402 estavam ocupados, o que corresponde a 96,63%, com 14 leitos livres, todos na rede particular.
Segundo a Prefeitura, dos 149 leitos no SUS Municipal, todos estavam ocupados. A taxa de ocupação do SUS estadual em Campinas correspondia até ontem a 97,5%. dos 40 leitos, havia uma vaga disponível. Na rede particular, dos 227 leitos, 214 estavam ocupados, o que equivale a 94,27%, com 13 leitos livres.
A Prefeitura atualizou ainda os dados de contaminação pela doença na cidade. De sexta-feira até ontem mais 794 pessoas foram contaminadas. Também foram registrados, nas últimas 72 horas, 38 óbitos. São 21 mulheres e 17 homens; 35 tinham comorbidades e três não tinham outras doenças. Com relação à faixa etária, 29 tinham mais de 60 anos e nove tinham entre 35 e 58 anos.
Bares e restaurantes
Em reunião com o presidente da Câmara Municipal de Campinas, vereador José Carlos Silva (PSB), o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Campinas e região, Matheus Mason pediu o apoio dos vereadores para o momento enfrentado pelos bares e restaurantes.
Uma outra entidade que também representa o setor em Campinas, a Associação de Bares e Restaurantes e Similares de Campinas (Abresc) também havia colocado na pauta os impactos nos negócios e empregos das medidas de restrição e buscado medidas e a ajuda junto aos vereadores da cidade.