americana

Fiéis lavam escadarias como forma de protesto

Ex-reitor da está sendo investigado pelo suposto crime de apropriação indébita e suposto abuso sexual

Henrique Hein
04/02/2019 às 19:30.
Atualizado em 05/04/2022 às 10:05

Cerca de 120 fiéis lavaram a escadaria da Basílica Santuário Santo Antônio de Pádua, em Americana, na tarde deste domingo (3), em protesto contra a falta de explicações sobre as denúncias que envolvem o nome do ex-reitor da igreja — o padre Leandro Ricardo, que está sendo investigado pelo suposto crime de apropriação indébita e suposto abuso sexual de crianças e adolescentes. Os fiéis marcaram o encontro nas redes sociais e se encontraram em frente à Basílica por volta das 15h. Cartazes de protesto foram erguidos no portão de entrada do santuário. O grupo também pediu a saída do bispo diocesano, Dom Vilson de Oliveira, que é investigado por supostamente coagir outros padres a depor a favor de Leandro em uma investigação policial anterior, que apurava outros supostos casos de abusos sexuais. O bispo também é suspeito de usar seu cargo para extorquir dinheiro de outros párocos. A suspeita de que o padre Leandro Ricardo teria assediado sexualmente crianças e adolescente está citada em inquérito que se baseia em um dossiê anônimo encaminhado ao Ministério Público, no final do ano passado, pelo gabinete da deputada estadual Leci Brandão (PCdoB). Além das acusações de abuso sexual, o documento recebido pela Justiça cita o suposto envolvimento do bispo Dom Vilson Dias de Oliveira, da Diocese de Limeira, que teria se beneficiado do crime de apropriação indébita e abafado os casos dos abusos sexuais contra os menores. Após análise, o documento foi conduzido ao Procurador-Geral de Justiça do Estado, Gianpaolo Smanio, por ter “prerrogativa de investigação”. O chefe do Ministério Público decidiu, no início do ano, enviar cópias às promotorias municipais, que solicitaram à Polícia Civil a abertura das investigações. Em Americana, o inquérito será presidido pelo delegado José Luiz Joveli, assistente da Delegacia Seccional. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), há inquéritos que investigam o padre em Americana, Limeira e Araras. Parte dos supostos crimes sexuais cometidos por Leandro teriam ocorrido, inclusive, nestes dois municípios, em inquéritos que foram abertos anteriormente e arquivados por falta de provas.  O advogado Paulo Henrique de Moraes Sarmento, que está trabalhando na defesa do padre Leandro Ricardo, negou as acusações em entrevista no dia 30 de janeiro. Sarmento ressaltou que acredita na inocência do padre e que todas as denúncias veiculadas contra ele em diversos veículos de mídia não procedem. “Vamos provar a sua inocência”, afirmou. A assessoria de imprensa da Basílica Santuário Santo Antônio de Pádua foi procurada, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.

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