TRADIÇÃO

Festa do Boi Falô reúne duas mil pessoas

Vinte voluntários trabalharam na preparação de mil quilos de espaguete que foram distribuídos

Patrícia Azevedo
patricia.azevedo@rac.com.br
29/03/2013 às 18:06.
Atualizado em 25/04/2022 às 22:31

Festa do Boi Falô existe há 18 anos e já virou tradição em Barão Geraldo (Gustavo Tillio/Especial para AAN)

A longa fila ao redor da Escola Estadual Barão Geraldo de Rezende durante a manhã e a tarde desta sexta-feira (29) comprovou a fama da tradicional festa do Boi Falô, promovida há mais de 18 anos no distrito de Barão Geraldo, em Campinas.

Mais de duas mil pessoas foram até a escola para comer a macarronada preparada pelo cozinheiro Virgínio Barbutti.

Para que mil quilos de espaguete pudessem ser distribuídos, um grupo com 20 voluntários trabalhou desde quinta-feira (28).

"Preparamos o molho ontem (quinta-feira) e hoje (29) chegamos às sete horas para preparar essa festa", conta Barbutti.

A aposentada Thereza Nicolucci, sua companheira de trabalho, diz que se sente privilegiada por poder trabalhar na organização da festa. "É uma tradição que merece ser mantida, é muito bom participar", conta.

Do lado de fora da escola, centenas de pessoas se organizaram em filas para poder degustar a tradicional macarronada. Ao todo setenta pessoas foram destacadas para organizar o evento.

"Eu venho todos os anos, é a maior tradição de Barão. A Sexta-Feira Santa não é a mesma sem a Festa do Boi Falô" , contou o estudante Rodrigo Silva.

O segredo do sucesso, segundo Barbutti, é fazer a comida "com muito amor e carinho" . Antes de servir, o padre José Luiz abençoa a macarronada. "Além da tradição, essa festa tem um caráter religioso" , comenta a aposentada Aparecida Matheus.

Além da macarronada, a festa contou com uma série de atividades como dança e shows com música de raiz. Além de apresentação de danças típicas, Zé Capitão e a Orquestra Cabocla fizeram show e houve uma apresentação do Grupo de Teatro Savuru.

A festa resgata uma lenda nascida no distrito em 1888. Forçado a trabalhar na Sexta-feira Santa, o escravo Toninho, da fazenda Santa Genebra, teria ouvido o boi dizer que aquele era o dia do Senhor, e não dia de trabalho. Ele correu para a fazenda gritando: "O boi falô! O boi falô"!

Depois disso, o Barão Geraldo de Rezende ordenou que o trabalho fosse interrompido na fazenda. Renda Extra

O sucesso da festa levou a cabeleireira Patrícia Aparecida Reis a montar uma barraca para venda de doces e bebidas nas imediações da escola. "Eu vinha na festa nos anos anteriores e decidi arriscar esse ano. Pelo movimento que está tendo até agora, devo voltar no ano que vem", afirma.

Quem também tentou melhorar o orçamento foi o ambulante Josias Ferro. "Sempre tem criança, então eu trouxe uns brinquedinhos para tentar ganhar um dinheirinho extra", conta.

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