Folgas

Feriados vão custar R$ 282 milhões ao comércio

Valor considera cidades da RMC e outras dez em seu entorno

Renato Piovesan
20/01/2019 às 10:54.
Atualizado em 05/04/2022 às 11:22

Os feriados nacionais e municipais vão custar R$ 282 milhões este ano para o varejo daRegião Metropolitana de Campinas (RMC) e de outras dez cidades em seu entorno, como Araras, Leme e Piracicaba.  De acordo com levantamento do Sindicato do Comércio Varejista de Campinas e Região (SindiVarejista) em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), o ano terá 10 dias “perdidos” entre feriados e “pontes” - as emendas em datas como terças ou quintas-feiras. O valor é alto, mas não chega perto do custo dos feriados de 2018, quando foram 15 dias de portas fechadas no comércio, gerando perdas de R$ 400 milhões.  Se for considerado o impacto da perda do comércio com os feriados em segmentos paralelos como indústria e serviços, o prejuízo estimado chega a R$ 1,2 bilhão, segundo previsão da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). O primeiro feriado prolongado do ano foi o dia 1 de janeiro, que caiu numa terça-feira, já emendando com a segunda. O próximo será o Carnaval, que também numa terça, dia 5 de março. Depois, o calendário ainda reserva a Sexta-Feira Santa, dia 19 de abril; o 1  de maio, Dia do Trabalho, uma quarta-feira; e Corpus Christi, numa quinta-feira, dia 20 de junho. Em julho e agosto não há feriados, o que não é exatamente uma má notícia para o comércio, já que quanto mais tempo de loja aberta, maior o faturamento. Em setembro há o feriado de Independência; em outubro, o de Nossa Senhora Aparecida; e em novembro, três feriados caem aos sábados. Os últimos dias com folga aos do ano serão a Proclamação da República, no dia 15 de novembro (uma sexta-feira) e o Natal, que cairá numa quarta-feira. Há ainda os feriados municipais, cujas datas variam - em algumas, é escolhida a data de aniversário de fundação do município ou de sua padroeira. Em Campinas, a lei adotou o Dia da Consciência Negra, dia 20 de novembro (uma quarta-feira). Segundo a presidente do SindiVarejista, Sanae Murayama Saito, cada feriado representa um dia de menos vendas no comércio, ainda que as lojas resolvam abrir as portas. “A circulação de pessoas, especialmente na região central, cai muito. O custo para manter um estabelecimento aberto é alto, e os funcionários recebem hora extra nessas datas”, explicou. Entre os setores, o de supermercados sofrerá mais Entre os setores do varejo, o de supermercados é o que deve ter as maiores perdas este ano com os feriados - em torno de R$ 125 milhões. Em seguida vem o setor de outras atividades (que reúne diversos segmentos, como comércio de combustíveis, joias e relógios e artigos de papelaria, entre outros), com R$ 84 milhões. Os demais segmentos que devem deixar de faturar com os feriados e pontes são farmácias e perfumarias, com perdas de R$ 35 milhões; vestuário, tecidos e calçados, com R$ 30 milhões; e móveis e decoração, com montante atingido de R$ 7 milhões. Mais otimistas, lojistas esperam recuperação Apesar da previsão de queda de faturamento por conta dos feriados, a expectativa do varejo para o ano como um todo é otimista. “Com a economia mostrando sinais de recuperação mais forte, a tendência é haver um crescimento maior em 2019. A expectativa é de que as pessoas terão mais oportunidades de trabalho e ganho de renda, o que trará grandes benefícios a todos os segmentos, e não apenas no setor do varejo”, afirma Sanae.

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