A entrada dos recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ajudou a reduzir a inadimplência
Consumidora pesquisa preços em mercado nas compras da Páscoa em Campinas: data teve bom desempenho, mas feriados reduziram vendas (Patrícia Domingos/AAN)
Os feriados e a greve geral impactaram os números do comércio de Campinas e região em abril. O faturamento caiu 5,87% na Região Metropolitana de Campinas (RMC) em relação ao ano passado. O valor teve baixa de R$ 2,54 bilhões para R$ 2,39 bilhões. Mas nem tudo é notícia ruim. A entrada dos recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ajudou a reduzir a inadimplência. Mais de R$ 22,6 milhões foram utilizados para pagar contas em atraso. De acordo com análise mensal realizada pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), o recuo no volume de carnês sem pagamento aliviou a queda nas vendas no mês passado. Os dados mostram que as consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) tiveram uma diminuição de 3,91%, com um total de 724.063 consultas contra 695.720 de abril de 2016. O coordenador do Departamento de Economia da Acic, Laerte Martins, afirmou que abril foi o primeiro mês de no ano em que foi registrada queda nas vendas. “Mesmo com o bom desempenho da Páscoa, as vendas caíram no mês. O problema foram os vários feriados registrados no período e ainda a greve geral (contra as reformas trabalhista e previdenciária) no dia 28. Tivemos menos dias corridas para as vendas. O comércio sentiu. A retomada não será rápida”, comentou. Foram dois feriados prolongados no mês e o 1º de Maio. Ele observou que os números de Campinas também refletem uma retração do movimento no comércio varejista em abril. O estudo apontou que o faturamento encolheu de R$ 1,04 bilhão para R$ 1 bilhão. “O declínio foi de 3,57%. Os feriados prolongados diminuíram os dias de lojas com portas abertas. No acumulado, há um equilíbrio em relação ao ano passado. De janeiro a abril, as vendas somaram R$ 3,99 bilhões”, comentou o economista, que apontou um crescimento das vendas a prazo de 5,30% e uma queda de 10,01% em relação a abril de 2016. Ele salientou que a queda dos juros está estimulando os consumidores a voltarem a comprar a prazo. Campinas também viu a inadimplência cair com a entrada do dinheiro das contas inativas do FGTS. O economista da Acic estimou que foram pagos R$ 9,5 milhões em dívidas atrasadas no mês de abril. “Os campineiros preferiram pagar as contas do que sair comprando. O fato também é positivo para o comércio. Os lojistas recuperam parte do prejuízo que tiveram quando os consumidores atrasam o pagamento da conta. No mês passado, os carnês em atraso somaram 16.875 documentos. No acumulado do ano, já são 64.403 carnês. A queda foi de 2,64%”, disse. Maio Maio deve ser bem melhor. O Dia das Mães é a segunda principal data de vendas do comércio. A estimativa de Acic é que as vendas cresçam 2,45% em relação ao ano passado. O faturamento deve atingir R$ 640,2 milhões na RMC. O valor do tíquete médio foi projetado pela entidade em R$ 224,00. Devem ser gerados 6.041 empregos temporários. Procon divulga ‘manual’ para o Dia das Mães O Procon de Campinas divulgou um informativo virtual para ajudar o consumidor nas compras de presentes para o Dia das Mães. De acordo com a diretora do órgão, Yara Pupo, o documento foi elaborado com base nas reclamações mais corriqueiras identificadas pelo órgão quando se fala em compra de presentes. “Problemas como descumprimento de oferta, troca de presentes, desistência de compras realizadas fora do estabelecimento comercial e compra de produtos com defeitos são os assuntos que estão entre os mais reclamados, por isso, investimos na informação do consumidor”, explica a diretora. DICAS DO PROCON - Estabeleça um limite para gastar com as compras - Pesquise preços - Compre os produtos em estabelecimentos devidamente regularizados e que emitam nota fiscal - Verifique se a embalagem do produto contém todas as informações necessárias - Exija a nota fiscal - Verifique a política de troca da loja (segundo o Código de Defesa do Consumidor, o estabelecimento não é obrigado a trocar o produto) - Guarde todo o material publicitário (jornais de oferta e panfletos)