ESTAÇÃO CULTURA

Feira Afro Mix promove ação social

Ao todo, 60 expositores comercializaram no local artigos de beleza, moda e arte

Renato Piovesan
renato.piovesan@rac.com.br
07/05/2018 às 07:26.
Atualizado em 28/04/2022 às 07:54

Jovens estilosas foram conferir as atrações da feira na Estação Cultura (Dominique Torquato/AAN)

Em sua 17ª edição, a Feira Afro Mix arrecadou quase 10 mil kg de alimentos não perecíveis, que serão revertidos a entidades assistenciais de Campinas. O evento ocorreu ontem na Estação Cultura, com o objetivo de difundir a cultura afrobrasileira. Ao todo, 60 expositores comercializaram no local artigos de beleza, moda e arte. Entre as atrações musicais, Djs animaram o ambiente com o som de hip hop e rap. Ainda houve apresentação da sambista Ilcéi Mirian, que é a organizadora da feira. “Esse evento começou bem pequenininho, em 2004, com 400 pessoas num espaço bem menor, mas foi crescendo a cada ano até chegar a um público flutuante de 10 mil pessoas nas últimas edições. Temos tido cada vez mais expositores, que apresentam a cultura afro com camisetas, bijuterias, turbantes e culinária típica. É um evento para dar autoestima ao negro e lembrar do preconceito que ainda sofremos nos dias de hoje”, disse Ilcéi. “Quando começamos, a gente precisava pedir para o pessoal vir com roupas da cultura afro, mas agora não tem mais necessidade de falar, o pessoal faz questão de vir com as tranças e mostrar o orgulho que têm de ser negros”, completou. Nas barracas de alimentos, a grande “queridinha” foi a Cachupa Rica, prato típico da gastronomia de Cabo Verde, na África. O ensopado leva grãos como milho e três tipos de feijão, além de carne suína, bovina e de frango, batata doce, banana da terra e cenoura. “Hoje (domingo) tem sido o prato mais procurado, porque as pessoas não conhecem e quando sabem a história do povo que mais consome este prato, decidem provar também”, contou o chef Marcelo Reis. Havia até africano de nascimento no evento. Carol Sall, de 28 anos, veio do Senegal para o Brasil há quatro anos. Mora em São Paulo, onde vende roupas, pulseiras e colares na Praça da República, e resolveu vir a Campinas para expor os produtos de seu país na feira. “Vim para o Brasil com o meu marido para ajudar a nossa família. Esperamos voltar em breve para o Senegal, mas ainda não sabemos quando”, afirmou.

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