EM CAMPINAS

Fechamento dos parques em caso de fortes chuvas será regionalizado

Pluviômetros espalhados pela região indicarão em quais locais a medida será tomada

Da Redação
12/12/2024 às 12:10.
Atualizado em 12/12/2024 às 13:31
Fechamento será definido quando uma região acumular mais de 80 milímetros de chuva em 72 horas (Kama Ribeiro)

Fechamento será definido quando uma região acumular mais de 80 milímetros de chuva em 72 horas (Kama Ribeiro)

A Prefeitura de Campinas anunciou que o fechamento de bosques e parques em Campinas devido a índices de chuva superiores a 80 milímetros em 72 horas será feito de maneira regionalizada. Serão utilizados os dados dos pluviômetros automáticos localizados em cada região para determinar em qual área da cidade será necessário o fechamento à visitação pública. O município conta com 17 pluviômetros desse tipo. A decisão, que já era esperada, foi confirmada pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos) após a primeira reunião do Comitê da Operação Chuvas de Verão 2024/2025.

Serão utilizados os dados de pluviômetros das regiões Norte, Noroeste, Sudoeste, Sul, Leste, Centro e do equipamento instalado no Parque Portugal (Lagoa do Taquaral). Nesse caso, o parque será fechado de acordo com a medição no próprio local, uma vez que conta com um pluviômetro automático.

A medida também segue o que foi estabelecido no Decreto Nº 23.661 que dispõe sobre a Operação Chuvas de Verão 2024/2025 e institui o Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil. “De acordo com o decreto, que também passou por audiência com a população, foi estabelecido como medida preventiva, na região dos parques e bosques, o fechamento à visitação pública quando a chuva acumulada em 72 horas atingir o nível de 80 mm de acordo com o monitoramento da Defesa Civil”, disse o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado. Ele acrescentou que é feita a interrupção do trânsito de veículos das ruas que estão nos limites de duas áreas verdes, o Bosque dos Jequitibás e a Lagoa do Taquaral.

Os dados dos pluviômetros automáticos por região, nos casos em que a chuva alcançar o nível crítico, serão enviados para a Secretaria de Serviços Públicos no início da manhã, próximo às 7h, para que seja dado o aviso de fechamento. Os parques e bosques podem ser reabertos 24 horas depois do término do índice acumulado e após vistoria técnica por parte do Departamento de Parques e Jardins da Secretaria de Serviços Públicos. 

“O que propusemos foi a utilização de uma nova metodologia para que seja possível manter abertos os parques que não estão na área em que o volume de chuva ultrapassou o limite, seguindo assim o que está descrito no decreto (da operação) e atendendo as pessoas que utilizam e têm comércio nos parques”, explicou a diretora do Departamento Técnico de Serviços Públicos, Márcia Calamari.

A Prefeitura ressaltou que o fechamento dos parques tem o objetivo de proteger a vida de quem circula pelos espaços, uma vez que o alto volume de chuvas gera risco de quedas de árvores. O diretorpresidente da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag), professor Orivaldo Brunini, participou de reunião com o prefeito ontem, dia 11 de dezembro. A organização é ligada ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e é responsável pelo Centro integrado de informações agrometeorológicas (Ciiagro). Pelo Ciiagro, há duas estações meteorológicas automatizadas em Campinas: a Campinas - SP e a Campinas - P Taquaral, além de estações em toda a Região Metropolitana.

Para o professor, a regionalização do fechamento dos bosques e parques com base em dados meteorológicos é uma ação importante da Prefeitura e em consonância com programas mundiais que promovem a resiliência dos municípios. “Está dentro das ações propostas pela Organização Meteorológica Mundial, que preconiza a necessidade de haver um sistema de alerta para todos, que minimize impactos de desastres”, afirmou.

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