Fechamento será definido quando uma região acumular mais de 80 milímetros de chuva em 72 horas (Kama Ribeiro)
A Prefeitura de Campinas anunciou que o fechamento de bosques e parques em Campinas devido a índices de chuva superiores a 80 milímetros em 72 horas será feito de maneira regionalizada. Serão utilizados os dados dos pluviômetros automáticos localizados em cada região para determinar em qual área da cidade será necessário o fechamento à visitação pública. O município conta com 17 pluviômetros desse tipo. A decisão, que já era esperada, foi confirmada pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos) após a primeira reunião do Comitê da Operação Chuvas de Verão 2024/2025.
Serão utilizados os dados de pluviômetros das regiões Norte, Noroeste, Sudoeste, Sul, Leste, Centro e do equipamento instalado no Parque Portugal (Lagoa do Taquaral). Nesse caso, o parque será fechado de acordo com a medição no próprio local, uma vez que conta com um pluviômetro automático.
A medida também segue o que foi estabelecido no Decreto Nº 23.661 que dispõe sobre a Operação Chuvas de Verão 2024/2025 e institui o Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil. “De acordo com o decreto, que também passou por audiência com a população, foi estabelecido como medida preventiva, na região dos parques e bosques, o fechamento à visitação pública quando a chuva acumulada em 72 horas atingir o nível de 80 mm de acordo com o monitoramento da Defesa Civil”, disse o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado. Ele acrescentou que é feita a interrupção do trânsito de veículos das ruas que estão nos limites de duas áreas verdes, o Bosque dos Jequitibás e a Lagoa do Taquaral.
Os dados dos pluviômetros automáticos por região, nos casos em que a chuva alcançar o nível crítico, serão enviados para a Secretaria de Serviços Públicos no início da manhã, próximo às 7h, para que seja dado o aviso de fechamento. Os parques e bosques podem ser reabertos 24 horas depois do término do índice acumulado e após vistoria técnica por parte do Departamento de Parques e Jardins da Secretaria de Serviços Públicos.
“O que propusemos foi a utilização de uma nova metodologia para que seja possível manter abertos os parques que não estão na área em que o volume de chuva ultrapassou o limite, seguindo assim o que está descrito no decreto (da operação) e atendendo as pessoas que utilizam e têm comércio nos parques”, explicou a diretora do Departamento Técnico de Serviços Públicos, Márcia Calamari.
A Prefeitura ressaltou que o fechamento dos parques tem o objetivo de proteger a vida de quem circula pelos espaços, uma vez que o alto volume de chuvas gera risco de quedas de árvores. O diretorpresidente da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag), professor Orivaldo Brunini, participou de reunião com o prefeito ontem, dia 11 de dezembro. A organização é ligada ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e é responsável pelo Centro integrado de informações agrometeorológicas (Ciiagro). Pelo Ciiagro, há duas estações meteorológicas automatizadas em Campinas: a Campinas - SP e a Campinas - P Taquaral, além de estações em toda a Região Metropolitana.
Para o professor, a regionalização do fechamento dos bosques e parques com base em dados meteorológicos é uma ação importante da Prefeitura e em consonância com programas mundiais que promovem a resiliência dos municípios. “Está dentro das ações propostas pela Organização Meteorológica Mundial, que preconiza a necessidade de haver um sistema de alerta para todos, que minimize impactos de desastres”, afirmou.