PAULÍNIA

Fechamento de shopping causa prejuízo de R$ 2 milhões

Os comerciantes, até o momento, não tem um prazo definido para a reabertura do centro de compras, interditado pela Prefeitura.

Inaê Miranda
inae.miranda@rac.com.br
14/09/2013 às 08:42.
Atualizado em 26/04/2022 às 03:01

paulínia shopping ( Gustavo Tilio/Especial para a AAN)

Estoque encalhado, vendedores parados e contas que se acumulam. O fechamento do Paulínia Shopping por falhas na segurança completou uma semana nesta sexta-feira (13) e a situação financeira dos lojistas se agrava a cada dia. Eles já amargam um prejuízo estimado em quase R$ 2 milhões e, até o momento, não há um prazo definido para a reabertura do centro de compras, interditado pela Prefeitura. A comerciante Lucineide Reis Lima tem uma loja de cosméticos no shopping há três anos e o seu investimento foi de R$ 700 mil. Em oito dias parada, ela estima um prejuízo de R$ 30 mil reais. “Por enquanto estou conversando com os fornecedores e pedindo prorrogação de alguns boletos”, afirmou. Ela reclama de falhas da Administração e da Promotoria. “Estamos pagando por um erro da Prefeitura e do Ministério Público, que autorizaram a venda das lojas sem os alvarás. E tínhamos uma administração que só servia para nos cobrar”, reclamou.Apesar da crise, Lucineide afirmou que vai manter os funcionários. “Tenho uma equipe muito boa e não penso em demitir. Até dia 5 fiz pagamento de uma parte e os demais vou pagar por meio de financiamento. Mas o que pode acontecer é eles pedirem demissão, até por insegurança”, afirmou. A empresária disse que tem esperança de que o shopping seja reaberto antes de 60 dias. “Espero que seja resolvido antes disso e tudo que estiver ao meu alcance para pelo menos recuperar o dinheiro que investi lá vou fazer. Mesmo que tenha que deixar o espaço”, afirmou.Cristie Venceslau Nunes, proprietária de uma revistaria, disse que o seu prejuízo chega a R$ 20 mil. “Estamos deixando de vender os nossos produtos”, reclamou. Outros comerciantes afirmam ter prejuízos superiores a R$ 50 mil durante a semana de fechamento. ProtestoOs lojistas que seguiram em carreata do shopping até o Fórum na quinta-feira (12) não chegaram a ser recebidos pela promotora Kelly Arantes, que está em viagem. Eles protestaram contra a série de exigências do MP. No último dia 6, após a lacração, houve uma reunião no Ministério Público com a Pró-Shopping, empresa concessionária responsábel pela administração do centro de compras, e a Prefeitura.Ficou acordado que o shopping deveria ser mantido fechado até que as irregularidades fossem sanadas e que fossem obtidos o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros e o alvará de funcionamento. O MP chegou a estabelecer multa diária de R$ 500 mil caso houvesse descumprimento pelo gestor do espaço, atualmente a Prefeitura.O MP informou que documento entregue na sexta-feira ainda não era oficial e continua em análise pela Prefeitura. Sobre o protesto, informou que tem o papel de fazer com que a lei seja cumprida.

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