cenário urbano

Fechado, túnel da Vila exige rota alternativa

As reformas do túnel da antiga Estação Fepasa, em Campinas, estão atrasadas há 50 dias e por enquanto ainda não possuem uma data para conclusão

Henrique Hein
02/06/2018 às 19:42.
Atualizado em 28/04/2022 às 11:02
Pedestre corta caminho pelos trilhos da Estação Cultura: faltam placas e informações sobre rotas alternativas (Leandro Torres)

Pedestre corta caminho pelos trilhos da Estação Cultura: faltam placas e informações sobre rotas alternativas (Leandro Torres)

As reformas do túnel da antiga Estação Fepasa, em Campinas, estão atrasadas há 50 dias e por enquanto ainda não possuem uma data para conclusão. O local foi fechado para reparos no último dia 6 de março e a previsão da Prefeitura era de que as obras levariam, no máximo, um mês para ficarem prontas. No meio de toda essa demora, quem sofre com as consequências é a população, que, para chegar até o outro lado da via, arrisca, muitas vezes, até a sua própria integridade física. O professor de português Vitor Santos, de 37 anos, disse que a demora na viabilização do túnel seria compreensível se houvesse uma alternativa mais curta e segura para realizar o percurso. Ele e outros entrevistados reclamam que o local não disponibiliza placas com informação de rotas alternativas e que as duas soluções disponíveis são: subir o Viaduto Cury ou atravessar o trilho do trem da Estação Cultura. “Eu fico imaginando um idoso no meu lugar. É muita sacanagem você fazer um velhinho subir aquele viaduto no meio dos carros ou fazer ele se enfiar em um trilho, em que a qualquer momento ele pode tropeçar e bater a cabeça no ferro”, comentou o professor. O aposentado Osmar de Souza, de 56 anos, contou que costuma caminhar com a sua esposa no entorno da Estação Cultura. Ele afirma não entender o porquê de tamanha demora para a realização dos reparos no local. “O portão está fechado com um cadeado desde que começaram a fazer as obras. Eu sempre passo por aqui e não costumo ver ninguém trabalhando. Não sei se eles de repente estão lá em baixo, mas é estranho”, disse o aposentado. Para ele, a situação precisa ser resolvida o mais rápido possível. “Já está tudo pichado do lado de fora de novo, porque aqui é um lugar que sempre teve vandalismo. Eles deveriam reforçar a segurança e não ficar enrolando as pessoas”, ressaltou. Já o analista de sistema João Paulo Silva, de 29 anos. explicou que demora em média 15 minutos a mais para conseguir atravessar a rua pelo Viaduto Cury. Ele contesta a Prefeitura pela demora na reabertura do túnel. “A gente tem que ir até a Junta Militar para conseguir chegar lá. O túnel facilitaria demais as coisas”. Segundo o analista, “não adianta nada também a Prefeitura reabrir e não fazer um serviço de segurança decente à noite. Quando ele ficava aberto, os guardas ficavam 30 minutinhos, fingiam que estavam fazendo a escolta e iam embora cedo. Quem passava aqui mais tarde (21h30 para frente) corria sérios riscos de ser assaltado”, ressaltou. Outro lado Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Campinas explicou em nota que a reabertura do espaço está sendo planejada para breve. “Estão sendo discutidas medidas que possam evitar o vandalismo do espaço que sofre degradação constante pelos usuários. A Administração reforça a importância dos usuários respeitarem o espaço público, neste caso um patrimônio histórico da nossa cidade, tombado pelo Condepacc junto com o complexo ferroviário da região central”, informou o documento.

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