A Secretaria Municipal de Saúde confirmou na tarde de quarta o primeiro caso de febre amarela autóctone (contraído na própria cidade, mas em área rural) em Campinas. O homem tem 63 anos, passa bem e mora no distrito de Sousas, próximo do local foram encontrados sete macacos mortos por febre amarela. Os exames foram feitos pelo laboratório do Instituto Adolfo Lutz e comprovaram a doença. O caso vem sendo acompanhado pela Secretaria de Saúde desde o início de abril, quando foi notificado ao Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) por um hospital público do município. Desde janeiro, outros três casos suspeitos da doença de moradores de Campinas foram investigados e descartados. Um quarto caso segue em investigação aguardando resultados de exames. Segundo a Secretaria de Saúde, o jovem tem entre 25 e 30 anos e também é morador da zona rural de Sousas, onde foram encontrados os macacos mortos. “Mesmo antes da confirmação, toda população dessa área já havia sido imunizada contra a febre amarela. A equipe da Prefeitura passou pela residência do cidadão que teve a doença confirmada e alertou para a necessidade da imunização. Com certeza ele não se vacinou, por isso pedimos que todos os moradores, frequentadores e trabalhadores de áreas rurais da cidade que ainda não se vacinaram, que procurem com urgência um posto de saúde”, alerta a diretora Andrea Von Zuben. Com relação aos outros moradores de Campinas, o Devisa orienta que se imunizem na medida do necessário. “Não existe nenhuma urgência para outras áreas de Campinas, os cidadãos podem seguir sua rotina normalmente e vacinarem conforme for preciso. O que estamos vivendo é o ciclo silvestre da doença. A chance de contaminação do ciclo urbano é zero. Recomendamos todavia que os campineiros vacinados só frequentem as zonas rurais após 10 dias de imunização”, reforça. Em Campinas, 109 mil moradores já foram vacinados. Desde segunda-feira, a vacina contra febre amarela está disponível em todos os 63 centros de saúde do município. Quem foi no primeiro dia ainda encontrou dificuldades com senhas e quantidade de vacinas, conforme apurou o Correio. Já no segundo dia, a procura aumentou e todos os cidadãos foram atendidos na maioria dos postos. O número de campineiros que foram imunizados inclui o atendimento agendado, que ainda está sendo cumprido pelos centros de saúde. Ainda de acordo com o Departamento de Vigilância, não é necessário, neste momento, solicitar mais vacinas ao governo estadual. “As 50 mil vacinas já fornecidas suprem com certeza a demanda inicial da cidade. Estamos tranquilos com relação a isso”, garante Andrea. Região A Secretaria de Saúde de Americana confirmou na quarta um caso de febre amarela. O paciente estava internado no Hospital Municipal e morreu no dia 11 de abril. Em nota, a Prefeitura informou que os locais prováveis de infecção são os municípios de Amparo ou Monte Alegre do Sul, cidades com notificações de casos da doença. O paciente era representante comercial e esteve nessas regiões seis dias antes do início dos sintomas. O município informou ainda que não irá alterar o esquema de vacinação em andamento, de 50 doses por período em 6 unidades de saúde. Imunização contra a gripe prioriza profissional de saúde A campanha de vacinação contra gripe (A, H1N1, H3N2 e B) começou essa semana dividida em duas etapas. A primeira é voltada para maiores de 60 anos e profissionais da saúde públicos e privados. A partir do dia 24, a vacinação se estende para gestantes, crianças com idade de 6 meses a menores de 5 anos, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias e população indígena. A expectativa é imunizar 323.777 pessoas e a maioria das unidades de saúde já estão aplicando a vacina nos cidadãos que buscam atendimento. A lista dos postos está disponível no site da Prefeitura (www.saude.campinas.sp.gov.br)
