INFRAESTRUTURA

Fatia de verba federal a Campinas reduz pela metade

Estimativa de recursos para custeio de leitos baixa de R$ 40 para R$ 20 mi

Daniel de Camargo
31/12/2020 às 15:16.
Atualizado em 22/03/2022 às 14:10
Baixou a estimativa de recursos para custeio de leitos no combate a Covid-19 (Cedoc/RAC)

Baixou a estimativa de recursos para custeio de leitos no combate a Covid-19 (Cedoc/RAC)

A estimativa do valor da fatia de Campinas do recurso financeiro que será disponibilizado pelo Ministério da Saúde aos municípios para a abertura ou custeio de leitos no combate à Covid-19 baixou de até R$ 40 milhões para, no máximo, R$ 20 milhões. O prefeito Jonas Donizette (PSB) disse, ontem, em coletiva de imprensa virtual, que o governo federal iria assinar até o fim do dia a liberação de R$ 900 milhões para as cidades-sede do Brasil.

No dia 18 deste mês, o chefe do Executivo havia projetado que o montante poderia chegar até R$ 40 milhões. Na oportunidade, citou que o recurso a ser destinado pelo ministério para o enfrentamento da pandemia no País seria de R$ 3 bilhões. Já o secretário de Saúde, Carmino de Souza, analisou, na ocasião, que esse dinheiro garantiria a manutenção dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) já habilitados durante todo o ano de 2021. Ontem, Jonas detalhou que o Estado de São Paulo deve ser beneficiado com cerca de R$ 175 milhões a serem repartidos por cidades das 15 regiões administrativas.

Carmino explicou que o valor exato do repasse ainda não está definido e que essa decisão ficará a cargo da Comissão Intergestores Tripartites (CIT), instância de articulação e pactuação na esfera federal que atua na direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), integrada por gestores do SUS das três esferas de governo - União, estados, DF e municípios. “Provavelmente vai ser estabelecido por critérios populacionais”, comentou. Para ele, serão entre 15 e 20 milhões.

Jonas voltou a agradecer o ministro Eduardo Pazuello, mencionando que ele teve sensibilidade com os municípios. Em suas palavras: “a ponta” - onde acontecem, de fato, os atendimentos aos pacientes. Disse que a disponibilização dessa verba foi uma árdua luta da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), entidade que preside, para garantir a sustentação financeira para os desafios da área da Saúde.

Jonas ponderou também que haverá uma recuperação econômica no próximo ano e que esteve reunido com pessoas ligadas ao mercado financeiro, que acreditam num crescimento de 4,5% para 2021. Caso a previsão se confirme, Jonas calcula que a arrecadação vai aumentar em 9%. Porém, não espera auxílios do Estado e União como em 2020. Por isso, apesar de confiar num período melhor que o atual, cita que haverão dificuldades para cidade , como em todo o Brasil.

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