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Famílias protestam contra prisões no caso do arrastão

Elas defendem a dupla envolvida, mas polícia ratifica identificação de suspeitos

Alenita Ramirez
22/07/2020 às 10:48.
Atualizado em 28/03/2022 às 22:05
Testemunhas garantem que eles estavam em festa durante o ataque (Wagner Souza/AAN)

Testemunhas garantem que eles estavam em festa durante o ataque (Wagner Souza/AAN)

Ao menos 70 pessoas realizaram uma carreata na noite da última segunda-feira, em Campinas, em protesto contra a prisão de dois rapazes suspeitos de terem participado em um arrastão na noite do último sábado nas rodovias dos Bandeirantes e Santos Dumont, que culminou na morte de uma pessoa e deixou outras três baleadas. O ato foi encabeçado por amigos dos rapazes. Eles alegam que a dupla é inocente. Não houve reflexo no trânsito ou registro de confusão. “O protesto foi pacífico e só queremos chamar a atenção das autoridades para o caso. Comete-se uma injustiça. Temos provas que eles estavam em uma festa, inclusive o que foi mais apontado pelas vítimas, há muitas provas que o inocenta e vamos lutar para provar a inocência deles”, disse o barbeiro Matheus de Souza Gomes, de 23 anos. Segundo Gomes, Juan Souza de Almeida, de 21 anos, trabalhava como entregador quando os ataques começaram. Além disso, ele teria trocado conversas informando onde estava o tempo todo. “Por volta das 2h, deixei a festa e meu carro falhou. Eles me ajudaram a empurrar o carro. Fiz o carro pegar no tranco e quando pegou vi a viatura passando na rua e os enquadrando. Fui avisar uns amigos e quando voltei eles tinham sumido. Eles estavam com a gente o tempo todo. Não pode ser eles”, falou. A carreata reuniu 33 veículos e 15 motos e teve início em frente ao Circulo Militar e seguiu para o Taquaral, Norte-Sul, em frente a Prefeitura e terminou em frente ao Fórum com uma oração. Os amigos prometem reunir provas e lutar para provar a inocência de Almeida e Roger Nicolas Teodoro Pereira. A dupla foi detida em uma rua nas margens da Rodovia Santos Dumont, a pé. Não foi achada arma com os suspeitos. Os detidos foram apresentados para as vítimas e seis delas reconheceram Juan como autor das abordagens e ataques. Apenas uma vítima apontou Roger. Juan foi reconhecido também pelas vestes. “Se os amigos e familiares têm provas, eles podem apresentar ao juiz ou na investigação. Nada os impede de provar a inocência de um suspeito”, acrescentou um policial, que preferiu não se identificar. Os ataques são investigados pelo 6° DP.

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