Wallace morreu em julho após ter sido atingido por carro na contramão na Santos Dumont
A família do jovem Wallace Araújo de Abreu, de 23 anos, morto em 27 de julho após ter sido atingido por um carro que seguia na contramão da Rodovia Santos Dumont, em Campinas, ainda não recebeu o laudo do exame necroscópico feito pelo Instituto Médico Legal (IML), quase três meses e meio depois da tragédia. A irmã da vítima, Francislene Cristina Araujo de Abreu, afirmou que precisa do documento para dar entrada em processos importantes, como o do seguro obrigatório. O acidente foi na altura do Parque Oziel. A vítima conduzia uma moto Yamaha 660 cilindradas quando bateu de frente contra a caminhonete que estava na contramão. O publicitário Rodrigo Luiz Ribas, de 32 anos, motorista da caminhonete, afirmou que tinha errado o caminho e não sabia que estava na direção contrária. A polícia apreendeu no carro do publicitário uma garrafa de cerveja e um vidro de lança-perfume. Ribas não foi autuado em flagrante e foi liberado. O caso foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O motorista que dirigia na contramão fez o teste do bafômetro, que apontou que ele havia ingerido uma pequena quantidade de bebida alcoólica. O resultado mostrou teor de 0,19 miligramas de álcool por litro de ar (mg/L), considerado infração de trânsito."Já se passaram mais de três meses e até agora nada aconteceu. Estamos ligando quase todos os dias no IML, mas o laudo necroscópico ainda não saiu”, disse Francislene. Segundo ela, a última informação que teve por telefone foi de que os exames foram feitos em São Paulo e que o laudo já estava em Campinas, mas aguardava a assinatura de um responsável para ser liberado.” A minha mãe não se conforma com a morte do meu irmão. Chora todos os dias. E ainda tem que ficar estendendo essa dor, mexendo nessa ferida. A gente só quer resolver isso logo." A defesa de Ribas informou, na época do acidente, que daria todo o apoio à família, mas não teria havido mais contato. A reportagem tentou falar com o advogado, mas ele não foi localizado. Até o fechamento desta edição, a polícia técnico-científica não havia se pronunciado sobre o atraso para a liberação do laudo.