JUSTIÇA

Família de estudante de Campinas morto no Guarujá faz vigília

Nesta terça-feira ocorre primeira audiência sobre a morte do campineiro Mário Sampaio

Luciana Félix
luciana.felix@rac.com.br
16/07/2013 às 06:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 08:47

Parentes e amigos do estudante campineiro, Mário Sampaio, morto a facadas por uma diferença de R$ 7,00 na conta de um restaurante no Guarujá farão nesta terça-feira (16) uma vigília em frente ao Fórum da cidade litorânea durante a primeira audiência do caso.

Cerca de cem pessoas participarão do ato marcado para as 13h. A intenção é pedir Justiça pela morte do jovem e mostrar que o crime não foi esquecido. Eles levarão cartazes e faixas com os pedidos. Além da família de Mário, outras sete pessoas que tiveram parentes vítimas de crimes participarão do protesto.

Dois, dos três acusados do assassinato do estudante, permanecem presos na delegacia do município. José Adão Pereira Passos, de 55 anos, dono do restaurante e autor das três facadas que mataram o jovem e, seu filho, Diego Souza Passos, de 23, que teria entrado em luta corporal com a vítima.

Um terceiro acusado, o garçom Robson de Jesus Lima, continua foragido. "Eles estão presos por ocultarem as provas do crime e atrapalhar a investigação. Mas não por tirarem a vida do meu irmão. Isso é um absurdo. Vamos até lá para mostrar que a Justiça tem que ser feita e não vamos deixar pra lá. Queremos que sejam condenados", afirmou Valéria Sampaio.

Os manifestantes sairão de Campinas em um ônibus que passará por São Paulo onde outras famílias se unirão à vigília. Entre elas, parentes do estudante Victor Hugo Deppman morto na porta de seu prédio em São Paulo por causa de um celular. "Também temos um pessoal do Guarujá que irá nos aguardar em frente ao Fórum. Lá vamos cantar músicas preferidas do Mário e pedir Justiça", afirmou Valéria.

Audiência

A audiência desta terça (16) será a primeira de um total de quatro que devem ocorrer até o final deste ano. Onze pessoas, entre testemunhas de acusação e de defesa, serão ouvidas na audiência.

Entre elas, duas são protegidas. Elas foram chaves no processo de acusação e prisão dos acusados. O delegado que encabeçou a investigação, Luiz Ricardo de Lara Dias, também será ouvido nesta terça (16).

"Foram essas testemunhas que desvendaram o processo. Foi o depoimento delas que ocasionou a prisão dos acusados por esconder as provas e atrapalhar o trabalho da polícia. Acredito que essa primeira audiência será bastante esclarecedora", afirmou o delegado da família de Mauro, Antonio Gonzalez.

A intenção é que a audiência comece e termine ainda nesta terça. "Os amigos de Mário serão ouvidos em uma audiência em Campinas. Não iria dar tempo de chamar todos em um único dia", explicou o advogado.

Ao todo serão 19 testemunhas que serão ouvidas nas audiências. Duas delas serão ouvidas em Piracicaba, cidade onde vivem, e uma em São Paulo. "Acredito que as audiências terminam este ano. Em seguida deve ocorrer o interrogatório dos acusados, o que deve acontecer também até o final deste ano. O julgamento só deve acontecer no ano que vem".

Entenda o caso

Mário e cinco amigos iam passar a virada do ano na cidade do Litoral e antes da meia noite resolveram jantar no restaurante de Adão.

De acordo com os amigos, eles entraram no estabelecimento após verem placas que informavam o valor da refeição de R$ 12,99, porém na hora de pagar a conta o restaurante quis cobrar R$ 19,99 (diferença de R$ 7,00). Mário não achou justo e foi reclamar com o gerente do local e filho de Adão, Diego Souza Passos.

Uma discussão foi iniciada. Além de Diego, um garçom entrou em luta com a vítima. Adão se aproximou com a faca e feriu três vezes o estudante que caiu e morreu no local.

Em fevereiro, a Justiça do Guarujá decretou a prisão preventiva dos três acusados pela morte do estudante. Além de José Adão que está preso junto com o filho, Diego, o garçom do estabelecimento Robson de Jesus Lima também foi indiciado pelo assassinato do jovem.

O garçom está foragido. Nas gravações Mário fala várias vezes que o garçom está com uma faca na mão, fazendo ameaças.

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