Preocupação: atendimento a crianças não é feito na unidade durante os finais de semana
Pacientes enfrentam longa espera no PA Sergio Arouca: um espera deitado (Gustavo Tilio/ Especial para AAN )
A unidade de Pronto Atendimento Sergio Arouca, no bairro Campo Grande, em Campinas, continua funcionando sem pediatras no plantão durante o final de semana.
A região, que tem uma população estimada em mais de 190 mil pessoas, fica desassistida também de clínicos gerais.
Durante todo dia sexta-feira (24) havia dois clínicos de plantão que deveriam atender urgências e consultas menos graves. Cartazes na porta da unidade informavam sobre a falta de profissionais e já avisam que a demora para esse tipo de atendimento é de seis a oito horas.
“Estou aqui há quatro horas e disseram que não há expectativa de ser atendido”, reclamou o carpinteiro Umberlindo da Silva.
O Sindicato dos Médicos fez uma vistoria na unidade e constatou que o maior problema do local é a falta de recursos humanos.
“Não faltam apenas clínicos e pediatras, faltam enfermeiros e auxiliares de enfermagem”, afirmou Casemiro Reis, presidente do sindicato.
Segundo o coordenador da unidade, Marcos Firmino, há um déficit de 200 horas semanais de clínicos e de 120 horas de pediatra. Firmino conta que dos 14 clínicos que saíram após o fim do convênio com o Cândido Ferreira, apenas oito foram repostos. E apenas quatro dos 10 pediatras. Segundo Firmino, é preciso contratar mais dois enfermeiros e 23 técnicos de enfermagem.
A Secretaria de Saúde tem um déficit de 400 médicos. Foram contratados 124 profissionais temporariamente. Um concurso foi feito no início do mês para contratação de outros 243 médicos. A expectativa é que os aprovados comecem a trabalhar a partir do final de julho.
Além disso, um novo processo seletivo está previsto para contratar cerca de 70 médicos temporários. “Imagino que a gente deva equacionar o problema dos pediatras em julho”, afirmou o secretário de Saúde Cármino de Souza.