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Faltam mais de 4 mil vagas nas creches

A lista de espera por vagas em creches em Campinas registrou diminuição de 22,2% na comparação entre o começo de 2018 e o de 2019

Renato Piovesan
renato.piovesan@rac.com.br
07/02/2019 às 09:14.
Atualizado em 05/04/2022 às 09:08

A lista de espera por vagas em creches em Campinas registrou diminuição de 22,2% na comparação entre o começo de 2018 e o de 2019. Ainda assim, o ano letivo na rede municipal de educação infantil teve início ontem com 4.351 crianças de zero a cinco anos à espera da oportunidade de frequentar as unidades de ensino da cidade. Atualmente, as creches municipais de Campinas atendem cerca de 42 mil crianças. Em 2013, a lista de espera por vagas em unidades infantis na cidade tinha quase o dobro do tamanho da atual, com 9.500 crianças no aguardo. Desde então, o programa Creche Bem-Querer entregou 13 novas creches em Campinas. Com as inaugurações, as reformas e ampliações de unidades, foram criadas mais de 8 mil novas vagas. Ainda assim, a demanda por vagas também se manteve crescente no período, tanto que mesmo com o processo de matrícula nas creches ocorrendo durante o ano todo, o tempo médio de espera por uma convocação ainda costuma demorar mais de um ano. Mãe dos pequenos Miguel, de três anos, e Malu, de nove meses, a influenciadora digital Thainara Ferreira, de 24 anos, convive de perto com o problema — e em dose dupla. Desde o nascimento de Miguel, ela deixou para trás seu trabalho como gestora ambiental e passou a se dedicar a falar sobre a experiência da maternidade nas redes sociais sem sair casa, justamente para poder cuidar dos filhos, já que não consegue vagas em creches. Ainda assim, e mesmo casada, a vida como influenciadora não deu a Thainara autonomia financeira suficiente para matricular os dois filhos em escolas particulares. O que resta, segundo ela, é esperar pelas concorridas vagas na rede municipal de educação infantil. “Faz mais de seis meses que estou atrás da vaga. Até fui ao Conselho Tutelar na última semana para ver o que podem fazer, porque não tem uma perspectiva, uma data. A situação é complicada”, lamenta. “Se eu quiser colocar um filho na creche, tem que entrar na fila um ano antes. Senti um total desleixo. De momento não tenho o que fazer, só esperar. Agora chegou num momento que preciso trabalhar para aumentar a renda de casa, mas não tenho com quem deixar meus filhos”, finaliza Thainara. Mais vagas A Secretaria Municipal de Educação espera acalmar mães como Thainara em breve. De acordo com a pasta, nos próximos dois anos serão abertas mais seis novas creches em Campinas, cada uma com capacidade de atender 250 crianças. Serão pelo menos 1.500 vagas a mais. As novas unidades serão inauguradas nos bairros São Domingos, Telesp, Nova Europa, São Luiz, Parque das Cachoeiras e Residencial Flávia. Também está em licitação a reforma e a ampliação do Centro de Educação Infantil (CEI) Sônia Maria Alves de Castro Perez, no Jardim Maria Rosa, que atenderá 325 crianças. Ano começa sem uniformes para os alunos da cidade Entra ano, sai ano, e um velho problema acompanha milhares de alunos no dia da volta às aulas. O ano letivo da rede municipal de ensino de Campinas teve início ontem sem que muitos estudantes tenham recebido uniforme escolar. A promessa da Secretaria Municipal de Educação é que só na semana que vem os kits de uniforme e material escolar comecem a ser entregues aos mais de 65 mil estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental, EJA (Educação de Jovens e Adultos), Ensino Profissionalizante e Qualificação Profissional matriculados em 251 unidades da Prefeitura de Campinas e conveniadas. Na rede estadual, o problema é parecido. As aulas começaram na última sexta-feira, mas até agora os materiais escolares não foram entregues aos 103,7 mil estudantes matriculados em escolas de Campinas. Para minimizar a situação, o governador João Doria (PSDB) assinou no começo do mês novos contratos para compra e distribuição dos materiais a 2,6 milhões de alunos matriculados em todo o Estado. Segundo o governo, os kits com cadernos, lápis e canetas serão entregues nessas regiões até, no máximo, o mês de março (pela regra, as empresas têm até 150 dias). Todos os alunos do Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Finais) e Ensino Médio têm direito aos itens. Temporários O governo do Estado também garantiu a continuidade da contratação de professores temporários. Após decisão favorável do presidente do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, a Secretaria manteve o processo de atribuição de classes e aulas a docentes com contrato vigente ou candidato à contratação (categoria O). A escolha foi realizada em toda a rede nos dias 29 e 30 de janeiro.

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