O problema ocorre por atrasos no fornecimento e até suspensão da fabricação de um ou outro item
A falta de médicos e funcionários não é o único problema que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentam. A falta de medicamentos e insumos básicos como gaze e esparadrapo está penalizando quem depende do sistema. O site da Secretaria de Saúde informa que faltam 22 tipos de medicamentos na rede pública de saúde em Campinas. Entre os remédios em falta estão o enalapril, clonazepan e tobramicina. O problema ocorre por atrasos no fornecimento e até suspensão da fabricação de um ou outro item. Segundo a assesssoria de imprensa da Secretaria
O problema voltou a integrar a pauta de discussões do Conselho de Saúde, que se reuniu na noite de quarta-feira. Médicos, conselheiros e usuários relataram a falta de insumos básicos como insulina, AAS e soro fisiológico. Um dos diretores da Secretaria de Saúde, Mauro Aranha, confirmou que até pouco tempo faltava AAS, mas negou a falta de insulina e soro. Ele informou que o abastecimento de AAS, insulina e soro está normalizado.
A Secretaria de Saúde informou que a maioria dos medicamentos está disponível para compra, a preços reduzidos, na Farmácia Popular. Segundo a assessoria de imprensa, a maior parte dos itens deve estar regularizada dentro de até 15 dias.
No Centro de Saúde do Jardim Eulina, Parque da Figueira e do Jardim Aurélia faltam gaze estéril e esparadrapo. Quem depende dos insumos para fazer curativos está tendo que pagar do próprio bolso. Esse é o caso de Roselaine Fontana, que faz curativos na irmã duas vezes por dia. "Começou a faltar faz mais de 20 dias. Liguei no 156 e disseram que houve um problema com o fornecedor e me orientaram a procurar o centro de saúde mais próximo" , afirma. Roselaine conta que procurou o CS Aurélia e foi informada de que não havia o produto. "Não tive saída, estou comprando. Gasto em média R$ 50 por semana" , afirmou.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde gaze, esparadrapo e insulina estão disponíveis no estoque. Ainda de acordo com a Pasta, as unidades são orientadas a renovar o estoque mensal de acordo com as suas necessidades. Como há muitos funcionários contratados pelo Cândido Ferreira no almoxarifado, a rotina de trabalho foi alterada para evitar a desassistência causada pela demissão de ontem. Os coordenadores dos CSs estão orientados a fazer pedidos mensais.