PEDÁGIO

Falha no Ponto a Ponto gerou cobrança a mais

No trecho por quilômetro percorrido usuário pagou tarifa cheia; erro nos equipamentos de leitura provocou cobrança errada

Felipe Tonon
17/04/2013 às 07:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 20:03

A Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) informou nesta terça-feira (16) que uma falha na leitura dos tags do sistema Ponto a Ponto instalado na Rodovia Santos Dumont (SP-075) resultou na cobrança da tarifa cheia.

Os motoristas afetados foram aqueles que possuem o equipamento do novo serviço e também do tag do sistema Sem Parar, que permite a cobrança eletrônica no pedágio. Segundo a Agência, 25% dos usuários do novo sistema foram prejudicados, mas estão sendo reembolsados por meio de créditos. O novo modelo de cobrança de pedágio, por quilômetro rodado, está em fase final de implantação na Rodovia Santos Dumont (SP-075), que foi a segunda a receber o serviço. A primeira foi a SP-360, entre Itatiba e Jundiaí. O sistema também está sendo instalado na instalado na SP-340, que liga Campinas a Mogi Mirim.

Pelo Ponto a Ponto, o motorista paga pelo trecho percorrido. Desde quando foi lançado, em abril do ano passado, os motoristas que pagavam R$ 10,50 na praça de pedágio em Indaiatuba passaram a pagar apenas R$ 1,90 na praça e R$ 2,30 nos pórticos instalados no Km 66 (R$ 0,80) e Km 70 (R$ 1,50). O valor da viagem entre Indaiatuba e Campinas passou a ser de R$ 4,20 para os motoristas inscritos no Ponto a Ponto.

Mas um erro nos equipamentos de leitura instalado na praça de pedágio provocou cobrança ainda maior daquela que era paga antes.

Segundo a Artesp, no dia 4 de fevereiro o Sistema Ponto a Ponto começou a operar utilizando a pista de cobrança automática, a mesma utilizada pelas operadoras Sem Parar, Dbtrans e ConectCar.

A leitura do tag do Ponto a Ponto, no entanto, não foi feita, o que gerou a cobrança da tarifa inteira (R$ 10,50) pelo tag do sistema de passagem sem parar, além disso, ao passar pelos pórticos no sentido Campinas, os motoristas ainda pagavam R$ 2,30, o que elevou a tarifa para R$ 12,80.

Característica

“Devido à característica inovadora do projeto e à complexidade do sistema inédito no Brasil, os equipamentos de leitura não conseguiam associar corretamente os dois tags instalados com a identificação do veículo que os utiliza. Isso levou à cobrança da tarifa cheia.

Os possíveis motivos são falha na leitura de um dos tags e a existência de tags das operadoras comerciais instalados em veículos diferentes do cadastro original ou sem a informação de placa do mesmo”, informou a Artesp. A Agência está realizando ações diárias para eliminar a falha identificada.

O problema, de acordo com a Artesp, foi pontual e afetou apenas os motoristas que utilizam a praça de pedágio de Indaiatuba.

O órgão afirmou que a partir do segundo semestre os motoristas irão utilizar apenas um tag, que serão usados tanto para o serviço Ponto a Ponto quanto para as operadoras comerciais que utilizam cobrança automática nas praças de pedágio. “Essa ação eliminará a situação encontrada hoje”, garantiu, por meio de nota.

Atualmente, cerca de 500 usuários estão em processo de reembolso, ou seja, 18% do total.

Os motoristas que já receberam o dinheiro de volta tiveram o ressarcimento por meio de créditos, que demoram até 15 dias úteis para serem depositados.

A Artesp afirmou que não haverá prejuízo financeiro para os motoristas. Caso o usuário identifique em sua fatura algum erro de cobrança, deve entrar em contato com a Central de Atendimento, no telefone 0800 774 7766 e solicitar o ressarcimento. 

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