Policiais da DIG de Campinas localizaram, na tarde desta quarta-feira (22), uma central de clonagem de cartões bancários
De acordo com o delegado assistente da DIG, Roney de Carvalho Barbosa Lima, as investigações sobre o golpe começaram há um ano r (Patrícia Domingos/AAN)
Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas localizaram, na tarde desta quarta-feira (22), uma central de clonagem de cartões bancários. A fábrica funcionava num apartamento alugado em um condomínio localizado no Parque Industrial. Um empresário de 37 anos foi preso em flagrante por receptação, mas pagou fiança de R$ 6 mil e vai responder pelo crime em liberdade. No apartamento os policiais apreenderam 1.251 cartões em branco e também diversos outros de agências bancárias e de assistência médica, dez adaptadores, dez carregadores, chips de celulares, notebook, extratos de contas e dispositivos usados para clonar cartões, além de cadernos e blocos com anotações de valores. Os policiais acreditam que em um ano os criminosos tenham clonado ao menos 8 mil cartões. De acordo com o delegado assistente da DIG, Roney de Carvalho Barbosa Lima, as investigações começaram há um ano. Ao longo das apurações, os policiais conseguiram identificar um homem, considerado o mentor do esquema, que chegou a ser levado na delegacia para prestar depoimentos, mas foi liberado por não haver provas. “Na época, não achamos o escritório. Há três semanas, houve uma denúncia de onde ele seria. Tínhamos informações de que o grupo usava alguns veículos. Foi montada uma campana no endereço para descobrir quem usava os carros”, contou Lima. As investigações apontaram que o grupo usava câmeras e aparelhos que capturam dados bancários quando os correntistas utilizam caixas eletrônicos. Na tarde de anteontem, os policiais estavam de campana quando um dos veículos chegou no prédio com um homem no interior. Patrick Amaro da Silva foi abordado e chegou a negar envolvimento no esquema, mas no apartamento havia um quarto que estava trancado e a chave em seu poder. Todo o material, inclusive um equipamento imitando uma boca de caixa, popularmente conhecido como chupa-cabra, foi apreendido. O empresário alegou que está em processo de separação e que há um mês locou o apartamento, mas acabou emprestando para um conhecido e desconhecia o que havia no local. Numa das anotações havia a movimentação na ordem de R$ 75 mil. Tanto os cartões em branco como os bancários apresentavam etiquetas com numeração. Os policiais acreditam que há mais envolvidos no esquema e as investigações continuam.