César Lattes

Exposição sobre refugiados chega à Biblioteca

O evento de inauguração da exposição aconteceu segunda-feira e contou com a presença do reitor da Unicamp, Marcelo Knobel

Beatriz Maineti/Especial para a AAN
20/03/2018 às 07:29.
Atualizado em 23/04/2022 às 06:47
Obra de Eduardo Tarran que integra a mostra; Mário Castello é o outro fotógrafo expositor; imagens estavam no Memorial da América Latina (Divulgação)

Obra de Eduardo Tarran que integra a mostra; Mário Castello é o outro fotógrafo expositor; imagens estavam no Memorial da América Latina (Divulgação)

A exposição fotográfica “Refugiados da Casa de Passagem Terra Nova”, que até recentemente estava no Memorial da América Latina, chega à Biblioteca Central César Lattes, da Unicamp. A mostra, trazida pela Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa (Cocen), em parceria com a Cátedra Sérgio Vieira de Mello, apresenta 26 painéis em preto e branco com retratos de refugiados congolenses, angolanos, camaronenses, genenses, nigerianos e bissau-guineenses. O evento de inauguração da exposição aconteceu segunda-feira e contou com a presença do reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, e do secretario de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Floriano Pesaro. As fotos foram tiradas pelos fotógrafos Eduardo Tarran e Mário Castello para retratar as famílias refugiadas na Casa de Passagem Terra Nova. A Casa de Passagem Terra Nova é o primeiro centro de acolhimento social do Estado de São Paulo para solicitantes de refúgio e vítimas de tráfico de pessoas. O local, em atividade desde 2014, já atendeu mais de 400 pessoas, e recebe principalmente famílias com filhos menores de idade e mulheres grávidas, e é gerenciado pela Coordenação Regional das Obras de Promoção Humana (CROPH). A Casa de Passagem Terra Nova tem um total de 50 vagas para as famílias, e funciona 24 horas por dia, oferecendo apoio social e psicológico, além de atividades de convivência, pedagógicas e culturais. A casa ainda oferece orientação profissional, oficina de idioma, auxílio para a inclusão produtiva e encaminhamentos para os serviços públicos necessários ao empoderamento e fortalecimento dos vínculos comunitários dos usuários e a garantia de seus direitos. Segundo a pesquisadora da Unicamp e coordenadora do Cocen, Ana Carolina de Moura Delfim Maciel, com a situação atual, onde o mundo está vivendo o maior fluxo migratório desde a Segunda Guerra Mundial, a exposição marca um reconhecimento dessas pessoas. “Com a exposição, é possível trocar olhares, e se familiarizar com aquelas pessoas retratadas ali”, comentou Ana Carolina. A pesquisadora afirma, ainda, que isso muda a visão numérica que se tem dos casos de refugiados. 

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